tag:blogger.com,1999:blog-80540669339186467652024-03-13T04:14:23.946+00:00ETOLOGIA , COMPORTAMENTO E EDUCAÇÃO CANINAESTUDO, INVESTIGAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO COMPORTAMENTO CANINO.
- O mais importante e visitado site de Etologia e Comportamento Canino publicado em Língua Portuguesa. Disponibilizado pelo Departamento de Divulgação do CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS.Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.comBlogger66125tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-71610239294797234062019-01-25T12:20:00.002+00:002019-01-25T12:22:39.075+00:00Que cão de companhia quero ter?<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;">Algumas
vezes, os nossos serviços de aconselhamento são confrontados com pedidos de
informação sobre a dificuldade que os novos donos têm em escolher o melhor cão
em função daquilo que pretendem dele e tentar inseri-lo no seu estilo de vida,
isso é o correcto. Mas com bastante mais frequência chegam ao nosso
Departamento de Consultadoria em comportamento canino ajuda para resolução de
distúrbios de conduta de animais que não foram seleccionados para viverem nos
ambientes onde são inseridos. Muitos desses animais acabam, infelizmente, nos
canis de adopção com um reduzido prognóstico de poderem um dia a virem a ser de
novo integrados e recuperados. O que pretendemos dizer com isto é que, quase
sempre a compra de um animal baseia-se mais em razões puramente estéticas e de
preferência pessoal por uma raça ou um tipo de cão e menos no carácter e nas
funcionalidades do animal e de saber se o escolhido está programado para se
integrar no tipo de vida que lhe podemos proporcionar. O exemplo mais recente e
mais gritante de como um certo tipo de cão não se adapta ao modo de vida que
escolheram para ele é o caso dos Huskies Siberianos que, no início deste
século, foram criados em massa, devido às particularidades fenotípicas serem muito
parecidas com as do lobo, terem olhos azuis e parecerem muito dóceis,
qualidades que as pessoas adoravam. Ao serem inseridos em pequenos apartamentos
criaram neles grandes necessidades de liberdade e de espaços abertos onde
viveram os seus avós e bisavós, tendo como consequência uma total inadaptação à
vida das cidades, sendo nessa altura os cães que mais fugiam das casas onde
eram obrigados a viver.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">A manipulação
genética poderia tornar possível gerar cães que se parecessem mais com Huskies
ou até com raposas do agrado de tanta gente mas com características mais
dóceis, mais sociáveis e que se adaptassem bem a espaços confinados. No
entanto, embora essa abordagem fosse, decerto, gerar novidades, mas também
controvérsias, não é disso que se necessita para salvar o cão. Já existe
alteração genética mais do que suficiente entre os cães de hoje para gerar uma
ampla variedade de indivíduos bem adaptados para a vida de animais estimação; o
que se precisa fazer então é reconhecer esse papel como a função principal do
cão e tomar a iniciativa das mãos daqueles que se empenham todos os dias em
melhorar a qualidade dos animais que criam, não só em termos de funcionalidade,
de carácter mas também em termos de saúde.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">A outra
aplicação da engenharia genética, a clonagem, tampouco é a solução para
produzir um cão de companhia perfeito. O multimilionário texano John Sperling
clonou a sua cadela Missy, cruzada de Border Collie com Husky, e os clones com
certeza parecem-se com ela. Mas de que é que o dono gostava? Da aparência da
Missy ou da sua personalidade? Porque a personalidade de um cão é em grande
parte produto da sua experiência de vida que não pode ser replicada graças à
genética <i style="mso-bidi-font-style: normal;">in vitro</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Quais são,
então, as barreiras que impedem o desenvolvimento de um melhor cão de
companhia? Deixando de lado, por um momento, as características desse tipo de
cão, parece haver pelo menos duas barreiras: a primeira é que os criadores de
cães raramente tomam as melhores decisões sobre que cães criar com base em
quais deles se revelaram melhores companheiros. Simplesmente podem não ter
informações sobre como os animais que entregaram vieram a desempenhar as suas
funções como tal. Ou podem estar primariamente concentrados nas possibilidades
de que os cães de sua criação sejam ou não competitivos nos ringues de
exposição – mesmo que a maior parte dos cães não seja adquirida para participar
em competições. Além do mais, é difícil fazer com que os criadores sejam
responsáveis pela qualidade dos cachorros que produzem. Eventuais fracassos
podem ser prontamente atribuídos a erros cometidos por pessoas inexperientes
que adquirem os cachorros – que os alimentaram com a dieta errada, que não lhes
deram exercício suficiente, ou lhes deram em excesso e assim por diante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">A segunda
barreira podemos defini-la com um ditado “preso por ter cão e preso por não
ter”, quer isto dizer, que quanto mais responsável for o dono de um cão, maior
a possibilidade de que esse cão seja castrado. Em resumo, muitos dos cães mais
cuidadosamente seleccionados e nutridos, aqueles que se adaptam perfeitamente
ao âmbito da companhia, quase nunca conseguem passar os seus genes para a
geração seguinte. Por outro lado, o que nasce são cachorros que nascem mais ou
menos por acidente, por causa de donos irresponsáveis, muitos dos quais são
atraídos por cães com status, como os Pit Bulls, os Pastores Alemães ou os
Rottweilers (daí a quantidade de exemplares dessas raças e de seus cruzamentos
que acabam em canis de adopção ou de abate onde irão terminar os seus dias)
Como todos os donos de cachorros são encorajados, de modo correcto, a castrar e
esterilizar os seus animais para reduzir a superpopulação de cães, fazer isso,
infelizmente, trabalha contra o propósito de criar uma população mais voltada
para a companhia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Também é problemático
o facto de que a criação de cães com base na personalidade não seja tão simples
como criar cães com vistas à sua aparência. Parte da explicação está em que os
genes não codificam os comportamentos como tais – mas outra parte está em que o
próprio papel do cão, de companhia não está claramente definido. Presume-se que
cada tutor ou futuro tutor tenha um cão ideal em mente, de modo que existe um
número infindável de cães “ideais”. No entanto, certos traços são
universalmente desejados. A maioria das pessoas acredita que os cães de
companhia devem ser dóceis, obedientes, robustamente saudáveis, fáceis de
controlar, seguros com crianças, facilmente treináveis em casa e capazes de
mostrar afeição pelos donos. Muitos donos também valorizam o contacto físico
com o seu cão – uma descoberta que não deve surpreender, pois agora sabemos que
acariciar um cão não só reduz o stress como também conduz à libertação da
hormona do “amor” a oxitocina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Outras
características são avaliadas diferentemente por donos distintos. Algumas
pessoas preferem um cão que seja dócil com toda a gente; outras, especialmente
os homens, valorizam um alto sentido de territorialidade no cão, que eles veem
como uma ajuda para a protecção da sua casa. Os homens também tendem a expressar
uma preferência por cães enérgicos e leais, enquanto muitas mulheres dão mais
valor à calma e à sociabilidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Mas a maior
parte dos donos não prioriza o carácter quando escolhe um cão. Por exemplo,
muitos valorizam mais a aparência que a personalidade e consideram o treino
como relativamente sem importância, mesmo que esperem que os cães sejam
obedientes. Além disso, se é verdade que um cão se adapta melhor ao estilo de
vida de uma dada pessoa, isso pode mudar à medida das circunstâncias da vida
dessa pessoa. Embora o tempo de vida dos cães seja menor que o nosso, ele ainda
é bem longo se comparado com o moderno ritmo de mudança nos actuais estilos de
vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Dito isto, a
selecção com base no temperamento torna-se ainda mais desafiadora quando
consideramos quantas variações existem, mesmo dentro de uma raça específica.
Muitos dos traços “de companhia” mencionados acima são influenciados pela
genética apenas de forma marginal. Anormalidades físicas e predisposições a
doenças com base na genética podem, e devem, ser objecto dos cuidados de uma
criação mais esclarecida; muitos outros traços, porém, tais como afabilidade,
obediência, falta de agressividade e uma predisposição para a afeição são
fortemente influenciáveis pelo ambiente e pela aprendizagem precoces. É difícil
ver como esses traços podem ser activamente seleccionados sem que paralelamente
melhore a compreensão dos donos sobre como inculcá-los nos seus novos cães ou
cachorros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Traços de
companhia podem ser difíceis de selecionar, mas com certeza outros traços
comportamentais específicos das raças precisam ser reduzidos nos cães de
companhia. A maior parte da selecção genética imposta aos cães durante a sua
longa associação com o homem tem sido dirigida para traços úteis, como a
habilidade nos pastoreio, na caça e na guarda. Mas agora que os cães no
Ocidente, na sua grande maioria não se destinam a cumprir essas tarefas,
precisamos reduzir esses vínculos, pois de outra forma a frustração
prevalecerá. Aconteceu inúmeras vezes terem-nos pedido conselho se um lindo
cachorro Border Collie daria um bom animal de companhia. Sempre dissemos que
não, que esses cães são criados para trabalhar no campo e decerto achariam
intolerável a vida na cidade. No entanto, quase todas essas pessoas que
aconselhámos dessa forma foram em frente e compraram Border Collies de qualquer
maneira e muitos arrependeram-se disso – mas não tanto como decerto fariam os
próprios cães se o arrependimento existisse no seu arsenal emocional. Se tais
cães devem adaptar-se ao âmbito da companhia, precisamos reconfigurar a raça
para que eles não se sintam frustrados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Finalmente,
embora a extensão em que podemos criar cães de companhia seja ilimitada, também
devemos ser cuidadosos para não ir longe demais na direcção oposta – aumentando
a capacidade de afeição dos nossos cães até ao ponto de se tornar uma carga
para eles. Já existe uma epidemia de desordens de separação, as chamadas
ansiedades por separação, entre cães de companhia; aqueles que sejam
avassaladoramente motivados para estar com os seus donos, o hiperapego, iriam,
presume-se, sofrer de forma desproporcionada se deixados sozinhos. A maior
parte dos donos não quer que o seu cão seja demasiado “pegajoso”. (ou, por
falar nisso, demasiado saltitante: pede-se que os cães de companhia fiquem
inativos, em média, durante três quartos das suas vidas.)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Há
consideráveis desafios a serem enfrentados antes que os métodos de criação
melhorem, não só porque muitos criadores ainda subestimam a necessidade de
socialização dos cachorros, mas também porque existe um óbvio mecanismo pelo
qual a melhor prática se tornará disseminada, graças simplesmente ao número de
pessoas envolvido. A informação de que os criadores precisam para criar
cachorros bem socializados agora está amplamente disponível – esperemos que a
sua adopção universal seja apenas uma questão de tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Mesmo que a
informação seja cuidadosamente difundida, não é provável que a criação
irresponsável desapareça. As instituições de adopção e de recolocação arcarão
inevitavelmente com o peso de lidar com os cães não desejados que resultarem
dessa criação. Mas, felizmente também, elas começam a ter à sua disposição cada
vez mais a informação necessária para adoptar métodos de bases científicas para
reabilitar esses cães, e para garantir a compreensão, entre os tutores
adoptivos, do que faz os cães comportarem-se de uma certa forma e como o fazem,
e para os auxiliarem estão a formar-se jovens terapeutas comportamentais
caninos possuidores de vasta base técnica e cientifica, como são os casos dos
formados nos Cursos de Formação do Centro Canino de Vale de Lobos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 8.0pt;">Sílvio Pereira<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="tab-stops: 261.0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<br />Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-24205674279213788152017-02-16T19:58:00.000+00:002017-02-16T19:58:05.404+00:00Feromonas na Terapia Comportamental. Será que funcionam?<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A
utilização de feromonas, mais propriamente a chamada feromona apaziguadora
canina produzida próximo das glândulas mamárias das cadelas que se encontram em
lactação, como coadjuvante à terapia comportamental canina, tecnicamente
conhecida como feromonoterapia, já há alguns anos que está a ser aplicada no
tratamento de várias doenças de comportamento que alguns cães apresentam. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">As
feromonas são substâncias químicas que, segregadas por um indivíduo, têm como
objectivo transmitir uma informação específica a outros indivíduos da mesma
espécie provocando nestes mudanças na sua fisiologia e comportamento. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Normalmente
ao falar de feromonas referimo-nos a elas como substâncias que possuem um odor
característico responsáveis pelas reacções que observamos no indivíduo que
capta o dito odor. Mas, as feromonas não são simplesmente odores, estas
identificam-se espontaneamente durante a respiração dos animais. Portanto, para
que as feromonas sejam perceptíveis é necessária a participação de um órgão
especial conhecido como órgão vomeronasal, situado dentro da cavidade nasal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Posteriormente,
a informação recebida pelo órgão vomeronasal é transmitida ao sistema nervoso,
mais concretamente ao sistema límbico, que gere as emoções (medo, ansiedade,
prazer, etc.), desencadeando as mudanças específicas no animal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A feromona apaziguadora canina <i>(DAP<sup>®</sup> dog appeasing pheromone)</i></span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> <b> <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">As
glândulas sebáceas presentes no sulco intermamário das cadelas produzem,
durante o período de lactação (desde o 3º/4º dia após o parto até 2 a 5 dias
depois do desmame) umas feromonas denominadas “apeasinas” (do inglês
appeasiness, que significa calma ou apaziguamento) que têm uma actividade
calmante e tranquilizante nos cachorros. Além disso, parece que os ajudam a
orientar-se quando começam a mover-se próximo da mãe e a identificar
rapidamente as partes menos perigosas do entorno que aquela seleccionou como “ninho”.
Estas feromonas transmitem uma mensagem de bem-estar, calma e segurança que,
segundo as últimas investigações, persistem até à idade adulta modulando o
estado emocional do animal em todas as etapas da sua vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O DAP<sup>®</sup>
é o análogo sintético da feromona natural. O produto apresenta-se em Portugal
com o nome <b>Adaptil</b><sup>® </sup>e é
disponibilizado nas formas de coleira e difusor, similar aos ambientadores
usados nas nossas casas, libertando a feromona directamente no ambiente sendo
recebida automaticamente pelo animal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Principais indicções terapêuticas do
DAP</span></b><sup><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">® </span></sup><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">As
indicações terapêuticas para o uso desta feromona derivam dos efeitos calmantes
ou tranquilizadores que possuem e incluem distintos problemas de medo excessivo
em cães (especialmente fobias a foguetes e trovões), problemas de ansiedade
(principalmente ansiedade por separação), assim como o alívio dos sintomas
associados a situações de stress (mudanças de residência, permanência em hotéis
caninos, adopção de animais, visitas ao veterinário, viagens de carro e avião,
etc.). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A feromonoterapia é um coadjuvante à
terapia comportamental<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A
utilização recente desta nova substância vem substituir, nalguns casos noutros
acrescentar mais opções de tratamento das várias patologias do comportamento
para as quais esta nova técnica é indicada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Até
há cerca de 10 anos, o único tipo de tratamento utilizado para baixar os níveis
de medo, stress e ansiedade nos animais e com isso garantir um maior êxito na
terapia comportamental, era a utilização de medicação que actua sobre o sistema
nervoso central, tais como fluoxetina (prozac), clomipramina, etc., com as
consequências conhecidas de todos os medicamentos que actuam sobre o SNC: habituação,
dependência, etc. Actualmente, está a começar a ser introduzida a
feromonoterapia como substituição da medicação tradicional com resultados
bastante encorajadores e deve ser uma prática a seguir, cada vez com mais
convicção, por todos os profissionais que se debatem com no seu dia-a-dia com
estes problemas de comportamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">É
importante lembrar que, por si só, a feromonoterapia não irá resolver problema algum
e deve ser encarada como um coadjuvante à terapia comportamental, quer dizer
que, este produto, como nenhum outro, deve ser utilizado indiscriminadamente
por quem não tem conhecimentos nesta área mas sim por técnicos, com
conhecimentos para tal e sempre acompanhado de consequente terapia
comportamental.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Futuro da feromonoterapia em cães<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A experiência
terapêutica com o DAP<sup>® </sup>é ainda limitada; apesar disso na opinião de
alguns investigadores o efeito obtido nas distintas aplicações parece ser mais subtil
que o conseguido com as feromonas felinas. Pode ser que o fracasso no
tratamento de alguns casos se deva a uma necessidade de refinar as indicações
tornando-as mais precisas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Algumas
experiências sugerem que certos problemas poderão, no futuro, serem susceptíveis
de melhorar com o uso da feromona apaziguadora. Entre eles podemos citar algumas
formas de territorialidade, problemas ligados às condutas obsessivas,
conhecidos como estereotipias ou comportamentos estereotipados, situações de
agressividade por medo e mesmo determinados problemas médicos nos quais o
stress tem um papel fundamental, por exemplo, a epilepsia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A
tolerância do produto é muito boa, não sendo descritos efeitos secundários
significativos nem nos animais em tratamento nem em pessoas que com eles
convivam. Como tal, esta feromona é uma excelente alternativa, como já
afirmámos anteriormente, ao uso de fármacos em cães. Em situações mais
complicadas permite igualmente a utilização simultânea de medicação psicotrópica
quando se ache necessário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Para
finalizar, queríamos reafirmar que <b>devemos
ter sempre presente, que deve usar-se esta terapia em combinação e não em
substituição dos tratamentos de modificação de comportamento.</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><span style="font-size: x-small;">Por:</span> <i>Sílvio Pereira</i> <o:p></o:p></span></div>
Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-2580919665086123292014-10-29T18:05:00.001+00:002014-10-29T18:05:05.172+00:00“PUPPY CLASSES”! Será Que se justificam?<!--[if gte mso 9]><xml>
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<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Sem dúvida, claro que
sim!!</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Segundo
preconiza o especialista em comportamento canino Ian Dunbar, um cachorro devia
interagir com cerca de 100 pessoas e 100 cães até aos três meses de idade.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">As
aulas de socialização para cachorros, popularmente conhecidas por “puppy classes”
foram criadas para proporcionar aos nossos cachorros a possibilidade de poderem
interagir entre si, mas também com pessoas, todo o tipo de pessoas: homens,
crianças, deficientes, outras etnias, etc., para que o cachorro durante o seu
período crítico de socialização possa conviver com indivíduos da sua espécie e indivíduos
de outras espécies, como é o caso da humana.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A importância dos
dois períodos de socialização</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Os
canídeos têm dois períodos específicos e bem marcados de socialização: o
período crítico ou “imprinting” </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">(</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">é a
primeira e mais duradoura forma de aprendizagem. Graças a ela, o animal aprende
a ser membro da sua espécie, enquanto estabelece relações com os de outra)</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">, também conhecida
como socialização intra-específica; e o período sensível ou de socialização,
também conhecido por socialização inter-específica. (Para mais informação
acerca destas duas fases tão importantes da vida de um cão, aconselhamos a
leitura de um artigo sobre o assunto, através deste link: <a href="http://comportamento-canino.blogspot.pt/2009/01/etapas-vitais-do-co-domstico.html">http://comportamento-canino.blogspot.pt/2009/01/etapas-vitais-do-co-domstico.html</a>)</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Estes
dois períodos estão balizados em alturas específicas da vida dos cães: O
crítico, das três às quatro semanas e o sensível das cinco até às
doze/dezasseis semanas, dependendo da raça e principalmente do tamanho do
animal. Se durante essas duas janelas de oportunidades o animal não for exposto
aos estímulos, não só ambientais mas também de interacção com uma grande
quantidade de elementos, não só da sua espécie mas também de outras espécies,
que o acompanharão ao longo das suas vidas, então o seu comportamento futuro
tenderá fatalmente para a anormalidade.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O contexto ambiental</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
facto de a forma de vivermos estar actualmente organizada em torno de grandes
aglomerados populacionais, com poucos espaços verdes sem tamanho e condições
para que possamos soltar os nossos cachorros de forma a brincarem com os seus
congéneres, e não só, e a própria lei não o permitir, e o facto da imunidade
adquirida pelo programa de vacinação só ficar completa quando o animal está a
terminar o período sensível da socialização inter-específica, são factores mais
do que preponderantes para que os nossos cachorros não tenham a oportunidade de
serem o que são, de aprenderem a linguagem, a comunicação e a conduta inerentes
à sua espécie e de se integrarem numa sociedade em que, além deles, coexistem
outras espécies. E assim, viremos a ter animais adultos desequilibrados,
desestruturados, e a serem permanentemente foco de problemas que os levarão
indubitavelmente ao abandono ou eutanásia. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Como
foi dito anteriormente, as aulas de cachorros vieram colmatar uma lacuna grave
que existia ao nível das necessidades que os cachorros tinham em usufruírem de
espaços com as características necessárias para poderem interagir mutuamente,
sem a preocupação permanente da segurança do animal.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">As aulas de
socialização</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Elas
permitem que o animal se relacione com outros cães e possa brincar num local
livre de ameaças, seguro e controlado. Os cachorros tímidos e assustadiços
ganham confiança muito rapidamente e os cachorros seguros e conflituosos
aprendem a controlarem-se e a serem apaziguadores.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">As
sessões de brincadeira e de jogos são cruciais; brincar é essencial para que
aprendam as normas aceites na sociedade canina, e assim, depois, como cães
adultos socializados, preferirão brincar em lugar de lutarem ou fugirem. Se não
forem correctamente familiarizados enquanto cachorros, em adultos faltar-lhe-á a
confiança necessária para se divertirem e brincarem como tais. E mais, os cães
adultos medrosos e/ou agressivos são muito difíceis de reeducar. Felizmente,
esses problemas, graves em idade adulta, são fáceis de prevenir enquanto
cachorros, deixando simplesmente que brinquem uns com os outros. Não é justo
condená-los a viverem toda a vida preocupados e ansiosos por lhes termos negado
a oportunidade de brincar enquanto era cachorro.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Isso
não quer dizer que um cão bem educado nunca se vá assustar, ou lutar, pode
fazê-lo em alguma ocasião mas recuperará rapidamente. O mesmo não acontece com
os cães que não foram socializados nestes períodos. Alem disso, os que foram
socializados, aprenderam a lidar com cães de todos os tamanhos e formas e estão
melhor preparados para interagir com outros pouco socializados e muito pouco
amigáveis.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Os locais</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Estas
aulas de socialização de cachorros são normalmente disponibilizadas nos
chamados campos de treino, ou campos de trabalho. Num recinto fechado,
preferencialmente frequentado por bastantes pessoas (donos dos cães que estão a
trabalhar, mas não tem que ser obrigatoriamente assim) e que, numa situação
ideal, com um grande número de cachorros a “divertirem-se” e, acima de tudo,
deverão ser supervisionadas por um técnico formado em comportamento canino,
porque só ele está em condições de interpretar os sinais e por cobro a um
possível desentendimento entre os cachorros.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Neste
contexto, só assim conseguiremos cumprir com o postulado pelo Dr. Ian Dunbar de
que os cachorros deveriam interagir com pelo menos 100 pessoas e 100 cães até
aos três meses. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Iniciativa do APP</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Estão
a ser levadas a efeito, nas instalações do Centro Canino Vale de Lobos, por
iniciativa do Adestramento Positivo Project (APP), um programa de aulas de
socialização para cachorros, e não só, que está a obter um enorme êxito. Por
este programa já passaram algumas dezenas de cachorros e pelo feedback dos
donos estes tornaram-se cães adultos perfeitamente integrados, equilibrados e sem
qualquer indício de conflituosidade.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Portanto, Puppy Classes? Sim! Claro que sim!</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Sílvio Pereira</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-66782043741816091612014-09-24T19:49:00.001+01:002014-09-24T19:50:43.812+01:00A farmacologia como coadjuvante da terapia comportamental<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Existem
muitos medicamentos, ervas medicinais e suplementos alimentares que podem
ajudar o cão a restaurar um equilíbrio saudável. Não resolvem os problemas por
si só. A melhor maneira de os entender é como sendo um primeiro passo em casos
particularmente severos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Quando
o cão de encontra de forma permanente num estado de ânimo que não aceita
modificações comportamentais ou quando os donos não se co-responsabilizam com
essas terapias de modificação do comportamento necessárias para solucionar o
problema, a farmacologia pode ter alguma utilidade. É particularmente eficaz em
patologias relacionadas com o medo porque parece que muitos cães medrosos estão
geneticamente predispostos a este comportamento e, inclusivamente, quando não é
assim, o medo é uma sensação e tem um historial tão presente que é muito
resistente à mudança. A dessensibilização sistemática com frequência exige mais
tempo do que estão dispostos a dedicar a maioria dos donos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Em
muitos casos estas substâncias oferecem uma forma de reduzir a quantidade de
trabalho necessário para que se produza uma mudança positiva. Queríamos realçar
que estas substâncias não solucionam problemas de comportamento, simplesmente
são um primeiro passo. Nesse sentido, são um coadjuvante importante e uma ajuda
nos processos de readestramento e modificação comportamental que o terapeuta
dispõe.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">De
seguida vamos resumir brevemente alguns desses produtos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Clomicalm (Cloridrato
de clomipramina)</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Este
medicamento é particularmente útil para os transtornos de ansiedade por
separação e para a ansiedade em geral. A clomipramina é um anti-depressivo
tricíclico.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
clomipramina bloqueia a reabsorção de serotonina e noradrenalina por parte dos
neurónios aumentando assim os níveis destes aminoácidos no cérebro. Os níveis
altos de serotonina diminuem o medo, o stress e a ansiedade nos cães. A
clomipramina metaboliza-se no corpo em dimetil-clomipramina.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
aumento dos níveis de noradrenalina faz com que o cão esteja mais receptivo aos
processos de modificação de comportamento. Este medicamento, de facto, favorece
a capacidade de concentração do cão, pelo que a aprendizagem será facilitada.
Este produto também se usa em muitos transtornos de ansiedade em humanos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
Clomicalm é um medicamento de prescrição médica e pode não ser indicado para
todos os cães.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Elavil
(Amitriptilina)</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
Elavil é um antidepressivo tricíclico. Os antidepressivos tricíclicos inibem a
reabsorção pelos neurónios da noradrenalina e da serotonina, daí as
propriedades antidepressivas. Devido aos seus efeitos secundários, este
medicamento está contra-indicado em cães com historial de dificuldades em
urinar, ou arritmias cardíacas severas e incontroladas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
Elavil é muito útil em transtornos de ansiedade e medo. Também pode ser eficaz
em casos de agressividade. Um cão em tratamento com este produto deve ser
vigiado e ter-se bastante cuidado.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Se
o comportamento é baseado no reforço, a falta de ansiedade pode eliminar a
inibição do cão e a conduta agressiva poderá piorar em vez de melhorar. Os
primeiros efeitos do medicamento aparecem entre as 2-6 semanas depois do início
do tratamento. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Prozac (Fluoxetina)</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
Fluoxetina é um inibidor específico de reabsorção serotonergica muito mais
forte que a Clomipramina ou a Amitriptilina.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
fluoxetina inibe somente a reabsorção de serotonina, não como a clomipramina ou
a amitriptilina, que também impedem a reabsorção da noradrenalina. A fluoxetina
pode demorar um mês ou mais antes de produzir efeito. Parece muito eficaz no
tratamento da agressividade caracterizada por impulsividade severa, a
agressividade incontrolada e inadequada, e a agressividade entre cães. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Num
estudo realizado por Dodman, Donnelly, Shuster, Mertens, Rand e Miczek em 1996,
foi demonstrado que a fluoxetina era particularmente eficaz na agressividade
por complexo de controlo contra o dono.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">ProQuiet (Suplemento
L-Triptofano) </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">ProQuiet
é um suplemento de triptofano que aumenta os níveis de serotonina no cérebro.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Este
produto está somente indicado para cães com mais de 16 semanas de idade e não
se deve administrar mais de sete dias com uma interrupção de dois dias. Pode
ser especialmente eficaz nas primeiras fases de um programa de tratamento. Este
produto está à venda nas clínicas veterinárias.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">5-HTP
(5-Hidroxitriptofano)</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
5-http é um metabolito que é criado pela transformação do triptofano em
serotonina. Quer dizer que se parece mais com serotonina que o triptofano. O
triptofano também tem um factor limitador, enquanto que o 5-HTP não.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
5-HTP não deverá ser usado juntamente com outros medicamentos que afectam a
actividade da serotonina, a menos que o veterinário tenha em conta o efeito
combinado. A dose é experimental. Se a dose for alta, o cão inicialmente pode
sentir náuseas. Mas se a dose for demasiado baixa não fará efeito. A dose
recomendada para o tratamento da agressividade é de 2mg/kg, administrada de
forma oral duas vezes ao dia.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Glutamina (suplemento
aminoácido)</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
glutamina é um aminoácido não essencial que pode esgotar-se quando um cão sofre
de stress. O cérebro usa a glutamina para formar glutamato e GABA que são os
neurotransmissores que regulam o equilíbrio entre a excitação e a inibição da
actividade nervosa. Sabe-se que este suplemento gera tranquilidade.
Possivelmente, será bom adicionar ao suplemento um complexo de vitamina B para
que a glutamina seja mais activa.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Só
se deve administrar glutamina por prescrição do veterinário em cães diabéticos,
cães que sofram de cancro ou enfermidade hepática avançada, e cães que apresentem
patologias neurológicas como apoplexias e epilepsias. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Resumo</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Clomicalm
e Elavil previnem a destruição da serotonina. ProQuiet e 5-HTP adicionam mais
serotonina ao cérebro. Funcionam de formas diferentes para atingir o mesmo fim,
aumentar o nível de serotonina no cérebro. A glutamina ajuda o cérebro a
sintetizar as substâncias químicas que equilibram a excitação e a inibição.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Nota final</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">É
importante que os terapeutas comportamentais e adestradores não ultrapassem a
linha de exercer medicina veterinária sem estarem habilitados para isso. Este é
um trabalho de conjunto entre o terapeuta comportamental e o veterinário que
deve ser analisado em conjunto caso a caso para que possam oferecer um serviço
com qualidade e de acordo com as expectativas do dono. Mas também é verdade que
alguns veterinários estão dispostos a fazê-lo e outros não. Temos que saber
viver com essa situação e procurar soluções que minorem esse obstáculo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Sílvio Pereira</span></i></div>
Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-87754040871939341532014-09-22T17:19:00.000+01:002014-09-22T18:47:20.912+01:00A intervenção nutricional na resolução de problemas de comportamento<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
nutrição pode ter efeitos importantes sobre o comportamento do cão. Se o
proprietário está a alimentar o cão com comida de baixa qualidade, é provável
que este sofra de nutrição inadequada, que pode provocar stress.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Os
subprodutos ou derivados de animais e os derivados de cereais já são bastantes
prejudiciais, mas alguns conservantes químicos, corantes e substâncias químicas
para manter a humidade da comida podem tornar-se problemas adicionais.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Muitos
cães reagem de forma negativa a estes ingredientes e isso pode-se manifestar em
problemas de comportamento. Em muitos casos as comidas de baixa qualidade
incluem grandes quantidades de milho, que diminui o nível de serotonina no
cérebro por ser um produto pobre em triptofano e rico em tiroxina (antagonista
da serotonina) Lindsey 2000.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O triptofano e a
tiroxina</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">As
dietas de má qualidade incluem ingredientes conhecidos por causar
sensibilidade, intolerância ou alergias num grande número de cães.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.25pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">“O
consumo alimentar dos aminoácidos triptofano e tiroxina, e de outros
aminoácidos neutros maiores, influencia de forma significativa a biossíntese e
a concentração de um grupo de neurotransmissores – serotonina, noradrenalina e
dopamina – que se conhecem em conjunto com a denominação de monoácidos (Strong
1999)”</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
noradrenalina é responsável pelos altos níveis de excitação, que levam à
agressividade. A dopamina pela atenção e reactividade. A serotonina é pelo
controlo do humor, pelos níveis de excitabilidade e pela sensibilidade à dor.
Julga-se que a insuficiência de serotonina no cérebro é um dos elementos chave
responsáveis pela impulsividade, pela agressividade, pelo comportamento
antissocial, pela desordem hiperactiva, pela ansiedade e pelas dificuldades de
aprendizagem (Strong 1999). Os cães com baixos níveis de serotonina no cérebro
são hipersensíveis à dor, hiperreactivos, emocionais e agressivos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Os
aminoácidos individuais, que são os percursores dos monoácidos, competem pela
reabsorção destes produtos do sangue que vai para o cérebro. Se não há harmonia
ou se produz uma insuficiência, cria-se então um desequilíbrio nos processos
químicos do cérebro. O triptofano de origem alimentar transforma-se em
serotonina no cérebro. Assim como outros neurotransmissores, os percussores
devem viajar para o cérebro através da barreira sangue-cérebro (Lindsay 2000).
Na barreira sangue-cérebro, estes percursores competem por entrar no cérebro
devido à limitação de vias para esse transporte. O triptofano de origem
alimentar é o percursor da serotonina, enquanto que a tiroxina é o percursor da
noradrenalina e da dopamina. A tiroxina de origem alimentar actua como uma
espécie de agente anti-triptofano e, como tal, um agente anti-serotonina.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Como
consequência disso, é muito importante assegurar-se de que se evita um excesso
de tiroxina e se promove a administração de uma quantidade substancial de
triptofano. Em geral, as fontes de proteína têm mais triptofano em relação à
tiroxina que as fontes de hidratos de carbono mas, em muitos casos, uma mudança
de uma dieta baixa em proteínas melhora de forma significativa problemas de
conduta porque as dietas ricas em proteínas tendem a reduzir os níveis de
triptofano no cérebro (Lindsey 2000). De facto, as dietas ricas em
carbohidratos podem aumentar a quantidade de triptofano existente para a
síntese de serotonina, inclusivamente quando o alimento tem ela própria
quantidades modestas de triptofano.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Então,
porque é que uma dieta rica em hidratos de carbono aumenta os níveis de
serotonina no cérebro se há menos triptofano na sua composição? A forma natural
do triptofano representa uma pequena proporção dos aminoácidos que constituem a
proteína (entre 1% e 1,6%). Os demais aminoácidos presentes em maior quantidade
e mais prevalentes competem com o triptofano por um número limitado de canais
de transporte que atravessam a barreira sangue-cérebro.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-line-height-alt: 6.1pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O problema é que com
frequência nesta competição o triptofano é eliminado e o cérebro pode esgotar
as suas reservas deste aminoácido (necessárias para uma produção estável de
serotonina). As dietas que contêm uma quantidade proporcionalmente mais alta de
hidratos de carbono do que de proteínas (cerca de 5-6 partes de hidratos de
carbono para uma de proteína) estimulam a secreção de insulina. A produção de insulina
desvia os aminoácidos presentes em maior quantidade para o tecido muscular.
Devido à sua estrutura molecular única, que o diferencia de outros aminoácidos,
o triptofano não é tão afectado pela secreção de insulina como os outros
aminoácidos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-line-height-alt: 6.1pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-line-height-alt: 6.1pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O resultado é que a
proporção de triptofano no plasma aumenta consideravelmente, obtendo vantagem
sobre os outros aminoácidos que competem para atravessar a barreira
sangue-cérebro, e a produção de serotonina no cérebro aumenta
significativamente (Lindsay 2000).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-line-height-alt: 6.1pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-line-height-alt: 6.1pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Recentemente, um
estudo de DeNapoli, Dodman, Shuster, Rand e Gross publicado no jornal “Of the
American Veterinary Medical Association (JAVMA)”, intitulado <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Os efeitos da proteína e suplementos de
triptofano na dieta sobre a agressividade por dominância (actual agressividade
por complexo de controlo), agressividade territorial e a hiperactividade, </i>demonstrou
que uma redução de proteína tende a reduzir a agressividade de forma
significativa, mas o mesmo não acontece com a hiperatividade. A redução de proteína
acompanhada com suplementos de triptofano reduz a agressividade de forma mais
relevante.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-line-height-alt: 6.1pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-line-height-alt: 6.1pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Val Strong sugere que
a porção de alimento rica em hidratos de carbono deveria ser servida depois da
porção rica em proteína para assim obter melhores resultados.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-line-height-alt: 6.1pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-left: 35.25pt; mso-line-height-alt: 6.1pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">“Apesar disso, a taxa de triptofano só
pode ser incrementada de forma significativa no cérebro pelos hidratos de
carbono, se estes são ingeridos duas a três horas depois da ingestão de
proteína. A insulina é segregada como resposta à ingestão de hidratos de
carbono para regular os níveis de glucose no plasma. A insulina também desvia
os aminoácidos neutros presentes em maiores quantidades nos tecidos
esqueléticos periféricos onde se envolvem as vias energéticas do sistema
imunitário” (Rugaas 1997)</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-line-height-alt: 6.1pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-line-height-alt: 6.1pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A vitamina B6</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-line-height-alt: 6.1pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-line-height-alt: 6.1pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Também, a vitamina B6
é um co-factor na síntese do triptofano na serotonina, de modo que deveria
ter-se em consideração numa intervenção nutricional. Para manter a proteína
adequada, uma óptima fonte deste aminoácido é o tofu. Tem um nível
relativamente alto de triptofano e baixo de tiroxina.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-line-height-alt: 6.1pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-line-height-alt: 6.1pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; mso-line-height-alt: 6.1pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Sílvio Pereira<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><b><span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 6.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></b><b><span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 6.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"></span></b></div>
Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-9629701481861839062014-09-12T15:33:00.001+01:002014-09-12T15:33:43.016+01:00A importância do exercício no comportamento canino<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">“Um
cão cansado é um cão bem comportado!”</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Isto
tem sido dito de forma intuitiva ao longo dos anos, mas existe uma base
fisiológica que confirma esta afirmação.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
investigação mostra que a estimulação física exerce uma influência terapêutica
significativa na fisiologia do cão (Lindsey 2000). O exercício físico estimula
a produção de serotonina, noradrenalina e certas endorfinas (hormonas do prazer
e bem-estar), o que explica porque é que a estimulação física tema a capacidade
de alterar o humor de forma tão significativa. O exercício estimula a
libertação de noradrenalina e de várias hormonas do eixo
hipotalâmico-pituitário-adrenocortical (HPA), como são os casos das hormonas
betaendorfinas, a hormona adrenocorticotrófica e o cortisol (Lindsey 2000). O
exercício breve e explosivo pode exercer uma influência stressante negativo
sobre o corpo enquanto que a estimulação física mais moderada e de maior
duração produz os efeitos benéficos mencionados anteriormente.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Numa
prova de força com cães os investigadores chegaram à conclusão que o exercício
agudo tende a gerar angustia nos animais e a reduzir a quantidade de
noradrenalina, provocando, em alguns casos, indefesa aprendida (decisão de não
se defender). Concluiram também que o exercício regular favorece a actividade
noradrenégica e aumenta as quantidades de noradrenalina<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>armazenadas em diferentes partes do cérebro e
de serotonina na amígdala central (Lindsey 2000). Parece então existir uma base
fisiológica que apoia o uso da estimulação física regular em caso de cães que
sofrem de stress, ansiedade, reactividade ou agressividade. Lindsey descreve o
seu uso da seguinte maneira:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">“A
descoberta que o exercício favorece a actividade serotonérgica é importante para
o uso do exercício no controlo de problemas comportamentais relacionados com o
stress. Dentro da neuroeconomia do cérebro, a serotonina joga um importante
papel moderador sobre o stress e o controlo de comportamentos impulsivos
indesejáveis. Dey e seus colegas (1992) apresentaram um prometedor estudo que
fundamenta que a relação funcional entre a produção de serotonina e o exercício
ao demonstrar uma alteração significativa da actividade serotonérgica central em
cobaias expostas a um exercício regular. Chegou-se à conclusão que o exercício
regular gerava um incremento sustentável e marcado do metabolismo da serotonina
em várias áreas do cérebro, incluído o córtex cerebral. Os autores sugerem que
o córtex é provavelmente o lugar do sistema nervoso que medeia os exercícios
benéficos do exercício sobre a depressão. Os estudos mencionados anteriormente
corroboram a hipótese de que o exercício, especialmente o exercício diário e a
longo prazo, tem em potência efeitos benéficos sobre a neuroeconomia do cão…</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Genericamente,
a resposta ao exercício dos subtipos receptores da serotonina foi muito similar
aos efeitos produzidos por antidepressivos tricíclicos” </span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">(Lindsey 2000)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Brevemente
iremos publicar um artigo sobre os melhores exercícios físicos a realizar com e
por um cão, e os exercícios adequados em função do cão que temos em casa.</span></div>
Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-1486864172217860172014-09-05T20:28:00.002+01:002014-09-05T20:28:49.159+01:00Será que os cães sentem culpa?<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Quantas
vezes ouvimos os donos de cães dizer coisas como: <i>“o meu cão sabe quando faz algo de mal, vem ter comigo com cara de
culpa”, </i>será que realmente isso é verdade? Os nossos cães na realidade têm
sentimentos de culpa?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Foi
para esclarecer este mito que a Psicóloga e investigadora da Barnard College de
Nova Iorque Alexandra Horowitz dedicou alguma da sua investigação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Ao
criar condições em que o proprietário estava mal informado sobre do seu cão havia
cometido alguma infração, ela consegui descobrir as origens da “cara de culpa”
dos cães.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Horowitz
mostrou que a tendência humana em atribuir culpa ao olhar de um cão não se deve
ao facto de ele ser realmente culpado. Em vez disso, as pessoas vêm esse
sentimento quando simplesmente acreditam que o cão fez algo que não deveria ter
feito, mesmo se ele for inocente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Durante
os estudo, os proprietários de 14 cães foram convidados a deixarem uma sala
após ordenarem aos animais para não comerem um determinado alimento. Enquanto o
dono estava ausente, Horowitz deu a alguns dos cães esse alimento proibido
antes de pedir aos proprietários que voltassem para a sala. Em certos casos,
eles foram informados que o animal havia comido o alimento, noutros receberam a
informação de que o cão se havia comportado de forma adequada. Porém, isso nem
sempre correspondia à verdadeira situação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Ou
seja, o “olhar de culpa” dos cães pouco ou nada tem a ver com o facto de serem
realmente culpados. Na verdade, os que foram obedientes e não comeram, mas que
haviam sido repreendidos pelos seus (desinformados) donos, pareciam mais “culpados”
do que aqueles que tinham, de facto, comido o petisco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
cara de culpa funciona como uma resposta ao comportamento do dono, e não
necessariamente um indicativo de qualquer julgamento dos próprios erros
caninos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Este
estudo lançou uma nova luz sobre o antropomorfismo – tendência natural do ser
humano em comparar o comportamento animal com o comportamento humano e se
existe alguma semelhança superficial entre eles. Isso inclui a atribuição de
emoções de ordem superior como a culpa, ou o remorso, para o animal, mesmo que
este não esteja com esses sentimentos, segundo Horowitz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
estudo é uma demonstração da necessidade de projectos experimentais cuidadosos
se quisermos compreender a relação cão-humano e não apenas afirmar os nossos preconceitos
naturais sobre o comportamento animal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Sílvio Pereira</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-44932689325837807262014-09-02T16:00:00.000+01:002014-09-02T16:37:14.777+01:00A Ética Profissional do Adestrador Canino<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Numa
altura em que estão a aparecer no mercado cada vez mais adestradores caninos (e
o Centro Canino Vale de Lobos tem algum mérito nisso uma vez que todos os anos
forma diversos profissionais nesta área), convém lembrar que esta, como todas
as profissões, deve reger-se por um código deontológico que nos deve conduzir ao
longo de todo o nosso percurso profissional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Como
ainda não existe nenhuma associação deste grupo de profissionais que possa
elaborar um código ético para a profissão, e para prevenir abusos de várias
naturezas, cujos únicos atingidos serão não só as pessoas e os seus cães que, de
boa-fé, confiam nos serviços do profissional que escolhem, mas também os
colegas que, mesmo trabalhando honestamente, vêm a sua actividade profissional
manchada e desacreditada por pessoas com poucos escrúpulos e que não olham a
meios para atingir os seus fins, decidimos transcrever um excerto da lição que
é dada durante os Cursos de Adestramento ministrados pelo Dep. de Formação do
CCVL precisamente dedicada à ética na profissão de Adestrador e Terapeuta
Comportamental Canino:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">“1.4.3. Ética Profissional<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A partir do momento em
que uma pessoa é qualificada como Adestrador e começa a cobrar os seus
serviços, está a actuar como um Profissional. Como em todas as profissões,
nesta também deve existir um código deontológico e uma ética profissional. Por
não estar regulamentada, esta profissão presta-se a todo o tipo de oportunistas,
moralmente mal formados e charlatães.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Em todas as profissões
encontramos pessoas mais ou menos qualificadas e que se intitulam de
“profissionais”. <u>A diferença entre o bom profissional e o charlatão radica
na qualidade dos seus trabalhos, finalizados com êxito, dentro do respeito à
ética da sua profissão. <o:p></o:p></u></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Por ser uma profissão
relativamente nova, faz com que a fiscalização do trabalho, por parte do
cliente, seja quase nula. A transparência no processo de adestramento, de modo
a evitar abusos e enganos, está sujeita à moralidade do profissional.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Se o adestrador possui
um conceito claro do que é a moral, só aceitará um trabalho que seja capaz de
realizar e que esteja dentro do que aprendeu na sua formação, rejeitará as
tarefas para as quais não se sinta capacitado e não terá problemas em mostrar
as limitações reais do animal e as do trabalho que vai desenvolver assim como
as possibilidades de êxito.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Outro pecado capital é a
crítica maldosa a outro colega de profissão. Quando se procede desta forma ninguém
fica a ganhar, perdem, isso sim, todos os adestradores que consideram esta
tarefa suficientemente digna para investir nela toda a sua vida.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Finalmente, o que o
cliente espera de nós é que o seu cão se converta num amigo obediente, amável e
educado, num guardião e defensor da sua família, companheiro de vigilância e
patrulha, participante em salvamentos, olhos dos invisuais, consolo e ajuda na
invalidez e velhice, etc.” <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Com este pequeno artigo esperamos ter dado um
contributo importante para que os adestradores portugueses sejam mais
cautelosos na abordagem que fazem à sua profissão, mas também ajudar a que o dono
consiga, com mais facilidade, distinguir o bom profissional, em todos os sentidos,
daquele que aproveita esta actividade para atingir objectivos que nada têm a
ver nobre arte de ensinar animais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><i><b><br /></b></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><i><b>Sílvio Pereira</b></i></span></div>
Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-31896009608402762452014-08-27T16:09:00.000+01:002014-08-27T16:09:29.719+01:00Influência Hormonal no Comportamento Canino<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Os
compêndios de Etologia Clínica recomendam que uma das primeiras medidas a tomar
no tratamento de algumas tipologias de agressividade é a castração dos cães.
Com este artigo vamos tentar explicar o porquê dessa recomendação, além de
outras e, fundamentalmente analisar a enorme influência do sistema endócrino no
comportamento dos cães.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O Sistema endócrino<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Como
é do conhecimento comum, o sistema endócrino, é composto por várias glândulas
que segregam hormonas, sob supervisão do hipotálamo e que controla a
coordenação fisiológica do corpo. Este controlo é efectuado através da
libertação de hormonas, quando são necessárias, e contendo a sua produção
quando não o são.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">As
glândulas do sistema endócrino são de segregação interna, o que quer dizer que
inundam de hormonas directamente o sangue. A corrente sanguínea transporta
essas hormonas para todos os tecidos do corpo. Como estas têm um cariz
controlador, elas não só são enviadas para todos os órgãos, como também
controlam as suas funções, mas atenção! Cada hormona, apesar de passar por
todos os órgãos, ela tem como objectivo um especificamente e só afecta esse. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">As glândulas e
hormonas do sistema endócrino<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
mecânica da acção deste sistema no comportamento é a seguinte:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
hipotálamo, que está situado na base do cérebro, envia sinais à glândula
pituitária, hipófise, que se encontra muito perto dele. Ao receber os elementos
libertados pelo hipotálamo a glândula pituitária segrega várias hormonas que
estimulam as outras glândulas endócrinas para que segreguem as suas próprias
hormonas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Apesar
de o sistema endócrino do cão ser bastante complexo e composto por várias
glândulas, como são os casos da glândula pituitária que segrega a hormona
luteizante, ou a supra-renal que segrega a insulina, as quatro hormonas que nos
interessam e que influenciam mais directamente o comportamento canino são a
testosterona, a adrenalina, a noradrenalina e o cortisol.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Testosterona<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
testosterona é uma hormona esteroide que se produz a partir do colesterol.
Grande parte da testosterona é produzida nos testículos do macho, mas também é
sintetizada, em quantidades muito inferiores no córtex adrenal, nos ovários
femininos e na placenta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
testosterona pode regular certos comportamentos. Por exemplo, faz com que os
animais mantenham a concentração durante mais tempo e respondam de uma maneira
mais vigorosa aos estímulos emanados de conflito e agressividade. A
testosterona leva a que os animais se activem e respondam a uma provocação com
maior facilidade, e activam-se, e agridem-se de uma maneira mais intensa e por
um período de tempo mais longo. Está provado que os seres humanos com altos
níveis de testosterona no sangue são mais propensos a cometerem crimes, em
especial crimes violentos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Adrenalina e
Noradrenalina </span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
córtex adrenal produz várias hormonas denominadas esteroides, que regulam o
metabolismo da glicose, produzem as hormonas sexuais e mantêm os níveis
equilibrados de minerais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Uma
dessas hormonas mais importantes é a adrenalina, também chamada epinefrina, que
interactua com o sistema nervoso simpático para ajudar o corpo a preparar-se
para situações de emergência. A adrenalina é libertada na corrente sanguínea
quando um animal se assusta (stress agudo). O coração bate mais rapidamente e o
fluxo sanguíneo altera-se desviando-se da pele e dos intestinos para os
músculos preparando-se para a luta ou para a fuga.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
noradrenalina é responsável, entre outras coisas, pelo nível de energia de um cão.
Se a noradrenalina diminui, o corpo bloqueia o gasto de energia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Num
cão, o estado letárgico e a depressão podem ser sintomas de inibição ou redução
de noradrenalina no sangue. O organismo só pode funcionar durante um tempo
limitado com níveis baixos de noradrenalina (stress crónico) antes de ficar
bloqueado por completo. A diminuição da noradrenalina está associada à indefesa
aprendida e à depressão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
presença de um alto nível de noradrenalina provocará agressividade, um estado
de alerta excessivo e inadequado, um comportamento impulsivo e uns altos níveis
de excitabilidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">As
experiências traumáticas e o stress prolongado, levam a uma diminuição da
noradrenalina<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Cortisol<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
cortisol, mais uma hormona sintetizada no córtex adrenal e que é segregado em
pequenas quantidades em ciclos naturais ao longo do dia, mas em momentos de
stress é segregado em grandes quantidades com a finalidade de preparar o animal
para enfrentar os desafios e as ameaças.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
cortisol inibe o sistema imunológico e o processo de formação dos ossos. Inibe
igualmente a acção da insulina e facilita a transformação dos hidratos de
carbono, lípidos e proteínas para provir o corpo de mais energia para poder
confrontar-se com o agente stressante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
exposição ao cortisol por um breve período promove o armazenamento de
recordações, que irá ajudar o animal a recordar-se das circunstâncias que
originaram uma situação de intensidade importante. Infelizmente, estas
recordações de tipo “flash” vividas intensamente são momentos de stress extremo.
Quando um cão se sensibiliza e experimenta uma forte subida de cortisol, pode
recordar muito bem esses factos. Daí que o cortisol seja particularmente
problemático no desenvolvimento e tratamento de fobias e comportamentos
agressivos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
longa exposição ao cortisol tende a danificar as células do hipotálamo e, em
consequência, a prejudicar o processo de aprendizagem. Um animal que sofre de
stress crónico tem dificuldades em aprender. Isto tem implicações na hora de
tratar problemas de comportamento relacionados com o stress.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Nesse
contexto, devemos reduzir o stress para que as técnicas de modificação do
comportamento tenham influência na aprendizagem do cão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Resumo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">É
importante que o terapeuta na hora de intervir esteja de posse de todos os
conhecimentos e de todas as ferramentas que estão à sua disposição para
intervir na resolução do problema e, neste caso particular, deve ter presente
que o sistema endócrino está encarregue de controlar as substâncias químicas
que circulam no nosso corpo e têm um efeito sobre vários dos seus órgãos. O
hipotálamo, um componente do sistema límbico controla quando e o que se
segrega. Estas substâncias químicas que se libertam no sangue afectam o
comportamento. Algumas como o cortisol combatem o stress enquanto que outras
como a testosterona fazem com que os cães machos actuem como tal. A adrenalina
é a substância química que prepara o organismo para as emergências mas também
pode provocar muitos problemas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Em
breve publicaremos um artigo sobre os dois tipos de stress, agudo e crónico, e
como eles afectam o comportamento dos cães. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><i>Sílvio Pereira</i></span></div>
Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-61347522675716566782014-08-15T10:55:00.001+01:002014-08-15T10:56:44.818+01:00Estimulação Mental em Cães <br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">A
estimulação mental em cães, também conhecido por enriquecimento mental é, a par
da estimulação física, essencial para o equilíbrio e bem-estar do animal. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Na
natureza e em animais que, apesar de domesticados, têm a oportunidade viver em
liberdade, eles próprios conseguem obter estes dois tipos de estimulação,
podendo correr à vontade, e procurando ocupar o seu tempo explorando todas as
atracções que o meio envolvente lhe proporciona, conseguindo assim suprir as
necessidades de gasto de energias acumuladas e de enriquecimento mental devido
ao facto de todos os dias serem confrontados com a exploração e identificação
de estímulos novos, quer olfactivos, quer auditivos quer visuais,
permitindo-lhes alargar o leque de conhecimentos proporcionados por essa
procura constante de novas estimulações mentais.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">No
outro extremo, encontram-se os animais que devido ao actual modo de vida nas
cidades, são obrigados a viverem confinados em apartamentos, durante todo o
dia, sem poderem expandir convenientemente as suas necessidades de libertação
de energias e exercitação mental, como consequência disso, desenvolvem diversas
patologias do comportamento, umas mais graves que outras, mas todas elas
contribuem para o sofrimento do animal e para a deterioração da relação com os
elementos humanos da sua matilha, contribuindo assim, de forma decisiva, para o
crescente aumento do abandono e eutanásia dos animais. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span><br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Patologias como:<o:p></o:p></span></b><br />
<br />
<span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";">
</span></span></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Ansiedade
por separação;</span><br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;">
<span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";">
</span></span></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Hiperactividade;</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;">
<span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";">
</span></span></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Comportamentos
estereotipados;</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;">
<span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";">
</span></span></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Manifestações
ligadas à procura de atenção: micção e defecação inadequadas, vocalizações
excessivas, agressividade por jogo, ingestão inadequada: pedras, objectos e
coprofagia, etc.;</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;">
<span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";">
</span></span></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Fobias
e manias.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Podiam
ser resolvidas, na sua grande maioria, por uma estimulação mental mais intensa,
mais presente no dia-a-dia do animal e que faça parte das suas rotinas.<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Os
modernos terapeutas comportamentais caninos estão a dar um enfoque bastante
grande à falta de estimulação quer física quer mental, como estando na origem
das patologias acima descritas e cada vez mais têm prescrito tratamentos com
base na alteração ambiental, criando regras e rotinas primeiro e trabalho
específico de estimulação mental como complemento do processo de regressão
comportamental.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Para
incentivar um cão a que disfrute e se concentre de forma activa em algo,
promovemos a activação do córtex cerebral que impede que o sistema límbico
active emoções problemáticas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 1cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">“Um cão,
ou uma pessoa que está concentrada numa tarefa, normalmente não é surpreendido
facilmente por emoções fortes. De facto, pode abdicar de estímulos irrelevantes
para a tarefa. Por isso, cães com algum grau de problemas comportamentais podem
interagir com outros em paz: a sua concentração não se centra nas suas
respostas emocionais mútuas, mas sim na tarefa” </span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">(Clothier 1996).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 1cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></div>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">Estimuladores mentais
ou brinquedos interactivos<o:p></o:p></span></b><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Os
estimuladores mentais, há também quem lhe chame brinquedos intaractivos, podem
ser divididos em dois: aqueles que mantêm concentrados e ocupados os cães
quando sozinhos e os que nos ajudam a interagir com eles em ambiente de
brincadeira ou jogo. Devido aos objectivos que pretendemos alcançar com o
presente artigo, vamos só debruçar-nos sobre os primeiros.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Estes
estimuladores servem, como o nome indica, para lhes manter a mente ocupada com
a finalidade de atingir um objectivo que, independentemente do tipo de
estimulador utilizado é sempre o de conseguir algo que lhe satisfaça um
instinto que, quase sempre tem a ver com a alimentação. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">O estimulador das 3
garrafas<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Ideia
muito interessante retirada de um vídeo da internet em que o objectivo é que o
cão, com batidas de patas na base das garrafas de plástico que estão ligadas a
um veio um pouco acima do centro da garrafa, que contêm pequenos pedaços de
biscoitos, estas se virem e ao fazê-lo deixem cair pelo gargalo as guloseimas
que lá se encontram. Isto mantém os cães bastante tempo entretidos com o
brinquedo, uma vez que as garrafas ao serem viradas, dependendo do tamanho dos
pedaços de comida, só deixam cair um, ou no máximo dois, de cada vez que são
viradas. É muito fácil de construir e muito útil. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Se
pretender, o Centro Canino Vale de Lobos disponibiliza este equipamento. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Um
exemplo de como funciona este estimulador mental pode ser visto através deste
link:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="https://www.facebook.com/photo.php?v=605433422910813&set=vb.100003324828769&type=2&theater"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"><span style="color: blue;">https://www.facebook.com/photo.php?v=605433422910813&set=vb.100003324828769&type=2&theater</span></span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Os Kongs<o:p></o:p></span></b><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Como
o equipamento anterior, o objectivo deste estimulador é o de manter o cão
empenhado em conseguir retirar toda a comida que foi colocada numa<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>cavidade que o brinquedo possui. Como os
Kongs são fabricados de borracha resistente mas flexível, o animal ao abocanhar
o brinquedo obriga a que este comece a libertar a comida que se encontra no seu
interior.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Um
credenciado autor, Ian Dunbar, defende que o animal que está confinado a um
pequeno espaço, para o manter permanentemente ocupado, deveria receber toda a
sua alimentação diária inserida num kong e não disponibilizada num comedouro<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Pode
encontrar este tipo de estimuladores em qualquer loja, física ou online, de
artigos para animais.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Ossos naturais e
artificiais<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Apesar
de já existirem à venda nas lojas da especialidade uma panóplia imensa de ossos
com várias composições: pele de búfalo, plástico impregnado com agradáveis
odores e sabores, fumados, etc., o osso natural do fémur, úmero ou joelho de
vaca, cru ou cozido, limpos de todas as gorduras, ligamentos e tendões, ainda
são os mais saborosos e os que mantém os animais mais tempo concentrados em
lhes retirar as cartilagens e atingir o tutano, que é o objectivo final. Eles
passam horas neste trabalho, exercitam as mandíbulas, limpam os dentes do
tártaro que possa existir e estão descansados na sua labuta.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Dirija-se
ao seu talho e peça uma parte dos ossos de vaca mencionados acima e que lhos
corte em pedaços com cerca de 10 a 15 cm de tamanho.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></div>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Os puzzles<o:p></o:p></span></b><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Estimuladores
mentais criados há relativamente pouco tempo, muito interessantes e criativos e
que, mais uma vez, o objectivo é que leve o cão, depois de passar por diversas
fases que o obrigam a empenhar-se e a utilizar o processo tentativa/erro, a
obter uma guloseima como recompensa.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Actualmente,
há no mercado uma oferta bastante grande de vários tipos de puzzles e com
vários níveis de dificuldade na obtenção da guloseima.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Se
na sua loja não encontrar este tipo de estimulador pode encomendar neste site:<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<a href="http://www.knsediciones.com/es/18-puzzles"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"><span style="color: blue;">http://www.knsediciones.com/es/18-puzzles</span></span></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">Conclusão<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Se
repararem, o princípio desta aprendizagem e a resolução das dificuldades que
cada equipamento oferece, está mais uma vez baseado no Condicionamento
Operante: um comportamento tem sempre uma consequência, agradável ou
desagradável, e os animais têm sempre tendência a valorizar e a explorar a
agradável e a extinguir a desagradável.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;">Depois
da leitura deste artigo, já não há desculpas para mantermos os nossos cães na
ociosidade quando necessitamos de os deixar sozinhos, deem-lhe algo que os
motive e que os mantenha ocupados e concentrados e vão ver os benefícios que
daí advêm, tanto para o cão como para os seus donos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt;"><em>Silvio Pereira<o:p></o:p></em></span></div>
Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-13846311851896190162014-03-18T02:30:00.004+00:002014-03-18T03:00:37.547+00:00Cão de Companhia vs. Cão de Trabalho<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Algumas vezes,
os nossos serviços de aconselhamento são confrontados com pedidos de informação
sobre a dificuldade que os novos donos têm em escolher o melhor cão em função
daquilo que pretendem dele e tentar inseri-lo no seu estilo de vida, isso é o
correcto. Mas com bastante mais frequência chegam ao nosso Departamento de
Consultadoria em comportamento canino ajuda para resolução de distúrbios de
conduta de animais que não foram seleccionados para viverem nos ambientes onde
são inseridos. Muitos desses animais acabam, infelizmente, nos canis de adopção
com um reduzido prognóstico de poderem um dia a virem a ser de novo integrados
e recuperados. O que pretendemos dizer com isto é que, quase sempre a compra de
um animal baseia-se mais em razões puramente estéticas e de preferência pessoal
por uma raça ou um tipo de cão e menos no carácter e nas funcionalidades do
animal e de saber se o escolhido está programado para se integrar no tipo de
vida que lhe podemos proporcionar. O exemplo mais recente e mais gritante de
como um certo tipo de cão não se adapta ao modo de vida que escolheram para ele
é o caso dos Huskies Siberianos que, no início deste século, foram criados em
massa, devido às particularidades fenotípicas serem muito parecidas com as do
lobo, terem olhos azuis e parecerem muito dóceis, qualidades que as pessoas
adoravam, ao serem inseridos em pequenos apartamentos criaram neles grandes
necessidades de liberdade e de espaços abertos onde viveram os seus avós e
bisavós, tendo como consequência uma total inadaptação à vida das cidades,
sendo nessa altura os cães que mais fugiam das casas onde eram obrigados a
viver.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A manipulação
genética poderia tornar possível gerar cães que se parecessem mais com Huskies
ou até com raposas do agrado de tanta gente mas com características mais
dóceis, mais sociáveis e que se adaptassem bem a espaços confinados. No entanto,
embora essa abordagem fosse, decerto, gerar novidades, mas também
controvérsias, não é disso que se necessita para salvar o cão. Já existe
alteração genética mais do que suficiente entre os cães de hoje para gerar uma
ampla variedade de indivíduos bem adaptados para a vida de animais estimação; o
que se precisa fazer então, é reconhecer esse papel como a função principal do
cão e tomar a iniciativa das mãos daqueles que se empenham todos os dias em
melhorar a qualidade dos animais que produzem, não só em termos de
funcionalidade, de carácter mas também em termos de saúde.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A outra
aplicação da engenharia genética, a clonagem, tampouco é a solução para
produzir um cão de companhia perfeito. O multimilionário texano John Sperling
clonou a sua cadela Missy, cruzada de Border Collie com Husky, e os clones com
certeza parecem-se com ela. Mas de que é que o dono gostava? Da aparência da Missy
ou da sua personalidade? Porque a personalidade de um cão é em grande parte
produto da sua experiência de vida que não pode ser replicada graças à genética
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">in vitro</i>.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Quais são,
então, as barreiras que impedem o desenvolvimento de um melhor cão de
companhia? Deixando de lado, por um momento, as características desse tipo de
cão, parece haver pelo menos duas barreiras. A primeira é que os criadores de
cães raramente tomam as melhores decisões sobre que cães criar com base em
quais deles se revelaram melhores companheiros. Simplesmente podem não ter
informações sobre como os animais que venderam desempenharam as suas funções
como tal. Ou podem estar primariamente concentrados nas possibilidades de que
os cães de sua criação sejam ou não competitivos nos ringues de exposição –
mesmo que a maior parte dos cães não seja adquirida para participar em
competições. Além do mais, é difícil fazer com que os criadores sejam responsáveis
pela qualidade dos cachorros que produzem. Eventuais fracassos podem ser
prontamente atribuídos a erros cometidos por pessoas inexperientes que adquirem
os cachorros – que os alimentaram com a dieta errada, que não lhes deram
exercício suficiente, ou lhes deram em excesso e assim por diante.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A segunda
barreira podemos defini-la com um ditado “preso por ter cão e preso por não
ter”, quer isto dizer, que quanto mais responsável for o dono de um cão, maior
a possibilidade de que esse cão seja castrado. Em resumo, muitos dos cães mais
cuidadosamente seleccionados e nutridos, aqueles que se adaptam perfeitamente
ao âmbito da companhia, quase nunca conseguem passar os seus genes para a
geração seguinte. Por outro lado, o que nasce são cachorros produzidos mais ou
menos por acidente, por causa de donos irresponsáveis, muitos dos quais são
atraídos por cães com status, como os Pit Bulls, os Pastores Alemães ou os
Rottweilers (daí a quantidade de exemplares dessas raças e de seus cruzamentos
que acabam em canis de adopção ou de abate onde irão terminar os seus dias)
Como todos os donos de cachorros são encorajados, de modo correcto, a castrar e
esterilizar os seus animais para reduzir a superpopulação de cães, fazer isso,
infelizmente, trabalha contra o propósito de criar uma população mais voltada
para a companhia.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Também é
problemático o facto de que a criação de cães com base na personalidade não
seja tão simples como criar cães com vistas à sua aparência. Parte da
explicação está em que os genes não codificam os comportamentos como tais – mas
outra parte está em que o próprio papel do cão, de companhia não está
claramente definido. Presume-se que cada dono ou futuro dono tenha um cão ideal
em mente, de modo que existe um número infindável de cães “ideais”. No entanto,
certos traços são universalmente desejados. A maioria das pessoas acredita que
os cães de companhia devem ser dóceis, obedientes, robustamente saudáveis,
fáceis de controlar, seguros com crianças, facilmente treináveis em casa e
capazes de mostrar afeição pelos donos. Muitos donos também valorizam o
contacto físico com o seu cão – uma descoberta que não deve surpreender, pois
agora sabemos que acariciar um cão não só reduz o stress como também conduz à
libertação da hormona do “amor” a oxitocina.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Outras
características são avaliadas diferentemente por donos distintos. Algumas
pessoas preferem um cão que seja dócil com toda a gente; outras, especialmente
os homens, valorizam um alto sentido de territorialidade no cão, que eles veem
como uma ajuda para a protecção da sua casa. Os homens também tendem a
expressar uma preferência por cães enérgicos e leais, enquanto muitas mulheres
dão mais valor à calma e à sociabilidade.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Mas a maior
parte dos donos não prioriza o carácter quando escolhe um cão. Por exemplo,
muitos valorizam mais a aparência que a personalidade e consideram o treino
como relativamente sem importância, mesmo que esperem que os cães sejam
obedientes. Além disso, se é verdade que um cão se adapta melhor ao estilo de
vida de uma dada pessoa, isso pode mudar à medida das circunstâncias da vida
dessa pessoa. Embora o tempo de vida dos cães seja menor que o nosso, ele ainda
é bem longo se comparado com o moderno ritmo de mudança nos actuais estilos de
vida.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Dito isto, a
selecção com base no temperamento torna-se ainda mais desafiadora quando
consideramos quantas variações existem, mesmo dentro de uma raça específica.
Muitos dos traços “de companhia” mencionados acima são influenciados pela
genética apenas de forma marginal. Anormalidades físicas e predisposições a
doenças com base na genética podem, e devem, ser objecto dos cuidados de uma
criação mais esclarecida; muitos outros traços, porém, tais como afabilidade,
obediência, falta de agressividade e uma predisposição para a afeição são
fortemente influenciáveis pelo ambiente e pela aprendizagem precoces. É difícil
ver como esses traços podem ser activamente selecionados sem que paralelamente
melhore a compreensão dos donos sobre como inculcá-los nos seus novos cães ou
cachorros.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Traços de companhia
podem ser difíceis de selecionar, mas com certeza outros traços comportamentais
específicos das raças precisam ser reduzidos nos cães de companhia. A maior
parte da selecção genética imposta aos cães durante a sua longa associação com
o homem tem sido dirigida para traços úteis, como a habilidade nos pastoreio,
na caça e na guarda. Mas agora que os cães no Ocidente, na sua grande maioria
não se destinam a cumprir essas tarefas, precisamos reduzir esses vínculos,
pois de outra forma a frustração prevalecerá. Aconteceu inúmeras vezes
terem-nos pedido conselho se um lindo cachorro Border Collie daria um bom
animal de companhia. Sempre dissemos que não, que esses cães são criados para
trabalhar no campo e decerto achariam intolerável a vida na cidade. No entanto,
quase todas essas pessoas que aconselhámos dessa forma foram em frente e
compraram Border Collies de qualquer maneira e muitos arrependeram-se disso –
mas não tanto como decerto fariam os próprios cães se o arrependimento
existisse no seu arsenal emocional. Se tais cães devem adaptar-se ao âmbito da
companhia, precisamos reconfigurar a raça para que eles não se sintam
frustrados.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Finalmente,
embora a extensão em que podemos criar cães de companhia seja ilimitada, também
devemos ser cuidadosos para não ir longe demais na direcção oposta – aumentando
a capacidade de afeição dos nossos cães até ao ponto de se tornar uma carga
para eles. Já existe uma epidemia de desordens de separação, as chamadas
ansiedades por separação, entre cães de companhia; aqueles que sejam
avassaladoramente motivados para estar com os seus donos, o hiperapego, iriam,
presume-se, sofrer de forma desproporcionada se deixados sozinhos. A maior
parte dos donos não quer que o seu cão seja demasiado “pegajoso”. (ou, por
falar nisso, demasiado saltitante: pede-se que os cães de companhia fiquem
inativos, em média, durante três quartos das suas vidas.)<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Há
consideráveis desafios a serem enfrentados antes que os métodos de criação
melhorem, não só porque muitos criadores ainda subestimam a necessidade de
socialização dos cachorros, mas também porque existe um óbvio mecanismo pelo
qual a melhor prática se tornará disseminada, graças simplesmente ao número de
pessoas envolvido. A informação de que os criadores precisam para produzir cachorros
bem socializados agora está amplamente disponível – esperemos que a sua adopção
universal seja apenas uma questão de tempo.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: small;">Mesmo que a
informação seja cuidadosamente difundida, não é provável que a criação
irresponsável desapareça. As instituições de adopção e de recolocação arcarão
inevitavelmente com o peso de lidar com os cães não desejados que resultarem
dessa criação. Mas, felizmente também, elas começam a ter à sua disposição cada
vez mais a informação necessária para adoptar métodos de bases científicas para
reabilitar esses cães, e para garantir a compreensão, entre os donos adoptivos,
do que faz os cães comportarem-se de uma certa forma e como o fazem, e para os
auxiliarem estão a formar-se jovens terapeutas comportamentais caninos
possuidores de vasta base técnica e cientifica, como são os casos dos formados
nos Cursos de Formação do Centro Canino de Vale de Lobos.</span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></div>
Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-73064463840387652752014-02-24T17:53:00.004+00:002014-02-24T18:00:45.757+00:00A "Adolescência" Canina<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Como
nos humanos, os cães também passam por um período similar à nossa adolescência
que no caso deles tem o nome de “período juvenil”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Também
como nos humanos, este período tem como principal finalidade a afirmação e
integração do cachorro no seio da matilha (família) onde estão inseridos, com
todas as consequências, positivas e negativas, que daí advêm. Inicia-se com o
final do período crítico ou de socialização, entre os 3 e os 4 meses, e termina
em plena fase de maturação sexual, por volta dos 12 meses. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Um
dos principais objectivos da posse de um cão e, para que ele os cumpra, é que
seja amistoso, confiante, dócil e obediente de forma que sejamos capazes de
resolver os problemas que podem influenciar os seus comportamentos e o seu
adestramento durante a sua juventude, e que ele possa enfrentar a imensa
convulsão social a que os cães, sobretudo os machos, têm que fazer frente
quando entram na sua “adolescência”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">É
muito mais fácil entrarmos nesta idade canina com um cão correctamente
socializado e bem educado, o que não quer dizer que este trabalho de fundo não
continue durante o período juvenil, apesar de poder ser uma tarefa difícil se
não se souber como a enfrentar, e é essa a finalidade deste artigo: ajudar os
adestradores e, fundamentalmente os donos, a superar esta fase bastante critica
do comportamento social dos cães.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Mudanças de
comportamento durante a adolescência<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
comportamento está continuamente a mudar, umas vezes para melhor e outras para
pior. Existem muito mais probabilidades de tudo correr bem se trabalharmos de
forma recorrente com o nosso cão adolescente, mas de certeza que existem muito
mais hipóteses de tudo correr mal se definitivamente nada fizermos. Nesta
altura das suas vidas, tanto o seu comportamento como o seu carácter tendem a
estabilizar (para o bem e para o mal) e para que se alcance esse equilíbrio
benéfico só é necessário que o dono tenha o cuidado de gerir esta etapa da vida
do seu cão de forma a que o animal, através de experiências positivas, aprenda
a conduta que deve apresentar para que a inserção na estrutura familiar seja a
mais correta. Pelo contrário, se não existir o cuidado de acompanhar este
período da vida do animal de forma assertiva, poder-se-à no futuro não
conseguir controlar as situações, podendo como consequência haver mudanças
catastróficas que serão projectadas no seu carácter e, por arrasto, no seu
comportamento futuro. Mesmo depois de ultrapassada esta fase e o animal alcance
a sua maturidade social, devemos continuar atentos à aparição de comportamentos
não desejados, que devem ser de imediato eliminados antes que se convertam em
hábitos difíceis de erradicar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
adolescência dos cães é a etapa em que tudo pode começar a desmoronar-se a não
ser que se faça um esforço coordenado, se for caso disso com o adestrador, para
a superar e alcançar a estabilidade da idade adulta. É, como a anterior, uma
etapa critica e se é ignorada nesta altura a sua educação, iremos dar-nos conta
que vivemos com um cão com maus hábitos, pouco familiarizado e, quiçá,
altamente hiperactivo e descontrolado com todas as consequências desagradáveis
que daí advêm. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A hierarquização como
factor de integração na família humana<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Esta
é a melhor altura da vida de um cão para desenvolver as suas capacidades de
adaptação ao meio ambiente em que vive, de hierarquização e de discriminação
das características presentes no seu mapa filogenético. Dito de uma forma mais
abrangente é neste período da vida dos cães que são desenvolvidos intrinsecamente
os conceitos de hierarquia: liderança e submissão sem que esta seja sinónimo de
subjugação. Como o leitor já deve ter reparado, não utilizamos aqui o termo
dominância porque, como já afirmámos em artigos anteriores, esse é um conceito
errado que não é aplicado aos cães na sua convivência com os humanos. O dono
deve aproveitar esta altura para mostrar ao cão que está inserido numa
estrutura social em que as regras são ditadas e impostas pelo elemento humano
do grupo e, como tal, para que tudo decorra correctamente e sem grandes
contratempos de percurso, só tem que as aceitar e seguir. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Para
que isso aconteça, o dono, ajudado pelo adestrador, deve tomar algumas atitudes
que induzem no cão que este não necessita de disputar a liderança no grupo
porque esta posição já está ocupada pelo elemento humano e de que forma é que
nós vamos dizer isso mesmo ao cão? Através de uma atitude coerente, recorrendo
a descriminações positivas e negativas das condutas do animal (recompensando as
boas e ignorando as más), interagindo com o animal e aproveitar os passeios
para fomentar essa ligação através de brincadeiras controladas, sem excessos
para evitar condutas de hiperactividade, ao mesmo tempo que, subtilmente, se
começará a introduzir alguns exercícios de obediência básica. Ignorar os
pedidos constantes de atenção por parte do cão; somos nós que decidimos quando
e em que contexto o animal terá a nossa atenção com o objectivo fundamental de
prevenir os saltos constantes e a colocação das patas no nosso peito, assim
como os irritantes ladridos típicos de pedido de atenção. A refeição e a
importância que esta tem para a sobrevivência dos animais, também deve ser
aproveitada para o estabelecimento e reforço da hierarquia através de processos
simples, tais como, a hora, o local e o recipiente da refeição devem ser sempre
os mesmos, o animal tem que fazer sempre qualquer coisa de positivo para que
possa começar a comer, como sentar-se, por exemplo, todos os elementos humanos
da residência devem poder mexer na comida e retirá-la, se for caso disso,
enquanto o cão se está a alimentar, sem que este manifeste nenhuma atitude
agressiva.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O que se pode e deve
fazer nesta fase<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
início desta fase é altura óptima para se começar, além do estabelecimento da
hierarquia, alguns processos de modificação de conduta, tais como:<o:p></o:p></span></div>
<ul>
<li><span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">Criar
associações na cabeça e nos hábitos dos cães como sejam, por exemplo, o
trabalho do condicionamento clássico em que de um estímulo previamente
condicionado obtemos uma resposta também condicionada. Poderemos assim, fazer
com que o cão dê uma extrema importância ao ouvir o barulho de um clicker, por
exemplo, e essa associação vai ser de extrema importância no futuro, durante os
trabalhos de aquisição de hábitos nos exercícios de obediência básica;</span></li>
<li><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">Ensinar,
de forma assertiva e sem recorrer a castigos físicos, que o seu comportamento
tem sempre uma consequência – positiva se é o desejado, através de recompensas,
ou negativa se não foi o solicitado, através da inibição da recompensa ou do
acto de ignorar o cão. A este processo de criação de associações foi dado o
nome de Condicionamento Operante porque opera sempre sobre o comportamento do
cão e as consequências que este produz;</span></li>
<li><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">Se
na altura devida não foi efectuada, podemos ainda, nesta fase, proceder ao
ensino da inibição de mordida. É sempre muito desagradável e motivo de algum
distanciamento e pretexto para não se interagir com um cão o facto de este,
recorrente e inconscientemente, por não lhe ter sido ensinado que deve abrandar
a pressão que coloca nas mandíbulas quando em contacto com a nossa pele,
mordiscar as mãos e os braços dos donos. É um processo simples, fácil e rápido
de se “dizer” ao cão que, se não nos tocar com os dentes quando estamos a
brincar, essa brincadeira poder-se-á tornar muito agradável e estimulante. Os
bons adestradores sabem como o fazer</span></li>
<li><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">É
o período ideal para se iniciarem os trabalhos de adestramento em obediência
básica e social. É nesta altura que as brincadeiras lúdicas e inconsequentes se
transformam, subtilmente, em algo com algum conteúdo e utilidade para a
convivência com o grupo humano, e não só, da sua matilha. Através de processos
que utilizam os instintos e os reflexos do cão podemos potenciá-los,
transformá-los e canaliza-los para os objectivos que pretendemos, sempre de uma
forma positiva, assertiva e sem recorrermos ao castigo, principalmente físico e
verbal. Se nós conseguirmos enraizar na nossa mente que os cães, e os outros
animais, aprendem com as experiências vividas e criando relações entre elas,
estamos capacitados para compreendermos o nosso cão e evitarmos erros
desnecessários que irão comprometer irremediavelmente, não só a nossa relação
com ele, mas também todo o trabalho correcto feito até ali. Metamos isto na nossa
cabeça: o cão fez uma coisa bem feita, então recompensamos, se, pelo contrário,
fez algo que não devia, em vez de castigarmos física ou verbalmente, ignoramos.
Eles são excelentes discriminadores e brevemente chegarão à conclusão que vale mais
a pena fazerem algo que da última vez foi recompensado do que algo que foi ignorado.
O processo de castigar os animais quando estes fazem qualquer coisa que não
devam, foi o utilizado durante muitos anos, até ao desenvolvimento a etologia
como a ciência da aprendizagem e do ensino animal, pelos adestradores.
Actualmente faz-se precisamente o contrário: recompensam-se os bons
comportamentos e não se premeiam os maus ou até se ignora o animal que os
pratica.</span></li>
<li><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">Outra
acção que se pode fazer nesta fase, se não houve oportunidade de o fazer mais
cedo, é a socialização intra-especifica, com animais da mesma espécie. Este
trabalho é muito importante para evitar problemas futuros, principalmente
confrontações entre machos inteiros (não castrados) tornando-se sempre muito desagradável
e passível de lesões corporais por vezes de prognóstico reservado. Este
trabalho de socialização deve ser efectuado em ambiente controlado, num recinto
fechado, de preferência o mais cedo possível e com animais com mais ou menos a
mesma idade.</span></li>
</ul>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O que não se deve
fazer nesta fase<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Todo
o processo de ensino e modificação comportamental num cão deve ser feito sempre
com enfoque na recompensa e não no castigo e, acima de tudo, nunca devemos
ceder quando estabelecemos planos de hierarquização. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Os
cães têm uma capacidade imensa de nos fazer sentir pena deles e adoptam
condutas e posturas que nos levam a isso. Se, mesmo por uma vez que seja,
inadvertidamente, cedemos, então estamos perante um problema de difícil solução
por processos assertivos, portanto, o primeiro passo é certificar-mo-nos que o
que estamos a fazer é o correcto, e para isso podemos pedir ajuda a um
adestrador que utilize o reforço positivo no seu método de trabalho, depois, é
implementar de forma coerente e irreversível todos os processos que levem à
consecução dos nossos propósitos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Não
devemos, por proposta de um nosso amigo, de um suposto “expert” na matéria, ou
de quem quer que seja, desviar-mo-nos do nosso caminho sempre que tenhamos a
certeza de que o que estamos a fazer é o correcto. Se assim fizermos e se
seguirmos à risca todos os conselhos aqui apresentados, teremos de certeza no
futuro um grande companheiro para a vida pronto para ter e para nos dar grandes
alegrias. <o:p></o:p></span></div>
Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-877627175936058582013-11-27T17:02:00.001+00:002013-11-27T17:02:12.518+00:00A importância da caixa na educação e adestramento canino<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
introdução da caixa, mais conhecida por caixa transportadora, no dia-a-dia dos
nossos cães é relativamente recente. O próprio nome é indicativo da utilidade
que lhe era, e é dada – servia e serve para transportar os animais, principalmente
nas viagens de avião e, posteriormente, devido ao seu fácil manuseamento e à
sua portabilidade uma vez que é construída num material leve, o pvc, foi também
adaptada para o transporte nos veículos automóveis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Recentemente
começaram a ser descobertas as enormes vantagens que este acessório também tem
ao nível do adestramento, da educação e principalmente do bem-estar dos cães e,
como consequência, dos próprios donos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A desmistificação do
conceito “confinamento”.</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
grande óbice que é colocado a uma utilização mais frequente da caixa transportadora
na educação canina é a ideia enraizada, que a grande maioria das pessoas têm,
de que este é um instrumento de tortura e clausura, uma vez que os animais
ficam confinados a um pequeno espaço do qual nem se mexer podem e, isso sim, é
muitas vezes erradamente utilizada como castigo por um qualquer acto reprovável
que o animal tenha cometido. Quem nunca ouviu o termo: “portaste-te mal, vais
para a caixa!”?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Nada
mais errado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
princípio que está subjacente à utilização deste importante acessório na
educação dos nossos cães está alicerçado na maneira como os seus ancestrais, os
lobos, utilizam um equipamento semelhante, mas mais rudimentar, que é a sua
toca. Este pequeno buraco feito na terra ou entre pedras é tão importante para
eles que o defendem com a própria vida, se for necessário. E porquê? Porque é o
seu espaço, é aí que descansam, que dormem, que se abrigam, onde se protegem,
onde têm e criam os seus filhos, enfim, é o seu pequeno mundo e por isso é um
recurso tão importante e ao qual eles dão tanto valor e que o protegem tão
afincadamente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Como
sabemos, os lobos deambulam e caçam principalmente ao nascer e ao final do dia,
todo o resto do tempo passam-no nas suas tocas a descansarem e protegerem-se do
calor, e de noite para dormirem, portanto, passam pelo menos 20 horas do seu
dia refugiados no seu bem tão precioso que é a toca, e não julguemos que esse
espaço é tão amplo como uma caixa transportadora, por exemplo, não, é uma
pequena galeria onde não conseguem andar senão rastejando, mas é deles e é ali
que se sentem bem e seguros, podendo assim descansarem com absoluta segurança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Para
os nossos cães a caixa tem o mesmo valor que a toca tem para os lobos. Se a
habituação for a correcta, os cães encaram a caixa como sendo o seu pequeno
mundo onde podem descansar, onde dormem mais confiantes sem a possibilidade de
serem constantemente incomodados com os movimentos normais dos donos nas suas
lides diárias e, inclusivamente, onde podem até brincar com os seus brinquedos
favoritos sem terem que os partilhar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Não.
O estar na caixa não é considerada uma clausura para os cães, mas sim a
possibilidade que eles têm de, como os seus ancestrais, se poderem recolher e
descansar quando disso necessitem sem serem incomodados, exactamente como nós
quando nos recolhemos aos nossos quartos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Os enormes benefícios
da utilização da caixa<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
</div>
<ul>
<li><span style="font-family: Wingdings; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">§</span><span style="font-size: 9px; text-indent: -18pt;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">Como já dissemos
anteriormente, a primeira e mais importante mais- valia da utilização da caixa
é a possibilidade que os cães têm de disfrutar da sua privacidade e poderem
descansar e dormir mais comodamente sem serem importunados. Como consequência
disso, quando acordam ficam mais activos, mais bem dispostos e prontos para a
interacção com os seus donos;</span></li>
</ul>
<!--[if !supportLists]--><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
</div>
<ul>
<li><span style="font-family: Wingdings; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">Permite aos donos uma
maior liberdade nos seus afazeres diários sem ter sempre o cão como sua “sombra”,
permitindo também uma diminuição do hiperapego, se ele já existir, tão
prejudicial para o correcto e saudável relacionamento entre o dono e o seu cão;</span></li>
</ul>
<!--[if !supportLists]--><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
</div>
<ul>
<li><span style="font-family: Wingdings; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">Muito maior
facilidade no treino dos comportamentos de eliminação inadequada em cachorros e
cães adultos. Os cães não eliminam onde dormem ou descansam e, como sabemos,
normalmente fazem as suas necessidades depois de dormirem ou descansarem, sendo
assim, a utilização da caixa permite-nos, logo que começam a ficar activos
dentro da caixa, levá-los rapidamente para o local definido para a eliminação
sem terem possibilidades de o fazer em local que não seja o adequado;</span></li>
</ul>
<!--[if !supportLists]--><br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
</div>
<ul>
<li><span style="font-family: Wingdings; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">A utilização da caixa
é uma ferramenta de inestimável importância no tratamento de uma patologia tão
comum nos cães que vivem em apartamentos: a ansiedade por separação. Através
dela e associada a um parque de maiores ou menores dimensões, em função do
tamanho do animal, podemos delimitar o espaço que tem disponível para utilizar
durante o período em que se encontram sozinhos em casa e, se além disso,
dispuserem de brinquedos inetractivos com que se entretenham e rádio ou
televisão ligados, permite prevenir os comportamentos destrutivos, a
automutilação, e as vocalizações exageradas tão comuns nesta patologia;</span></li>
</ul>
<!--[if !supportLists]--><br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
</div>
<ul>
<li><span style="font-family: Wingdings; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">É uma ferramenta de
fundamental importância no ensino das regras e rotinas aos cachorros quando
estes chegam à sua nova casa e são inseridos numa nova estrutura familiar. Com
ela, além de os podermos ensinar a eliminarem num local adequado, indicamos-lhe
logo de início onde dormir e descansar, quando o deve fazer, quando pode
passear, quando e onde pode comer uma vez que passará a fazê-lo dentro da
própria caixa, porque todas estas actividades irão estar ligadas ao se manterem
ou não na caixa;</span></li>
</ul>
<!--[if !supportLists]--><br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
</div>
<ul>
<li><span style="font-family: Wingdings; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">E por fim, fazendo
jus ao nome, é um objecto fundamental para o transporte do cão não só de avião
como de automóvel. Neste último caso, o facto de o animal ser transportado
dentro de uma caixa e não nos bancos dianteiros ou traseiros, pode fazer a
grande diferença de um acidente ter mais ou menos consequências em função da
sua gravidade, tanto para o cão, como para o condutor e acompanhantes, como
ainda para estranhos envolvidos no acidente.</span></li>
</ul>
<!--[if !supportLists]--><br />
<div class="MsoListParagraphCxSpLast">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A habituação do cão à
caixa<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Ao
contrário do que possa parecer, a habituação do cão à sua caixa é um processo
fácil e rápido, principalmente se o mesmo for feito ainda em cachorro e de uma
forma correcta e assertiva, o que não quer dizer que o mesmo não se possa fazer
com um cão adulto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Regra básica nº 1:
associar sempre a caixa a algo agradável e nunca a um castigo recorrente de
algo que o animal tenha feito de errado.<o:p></o:p></span></u></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Para
que o cão vá por vontade própria para a caixa, tem que haver aqui sempre algo
de muito agradável para ele: biscoitos, guloseimas, uns pedaços de queijo, de
salsicha, um brinquedo que ele adore, etc., qualquer coisa muito interessante
para ele e que o motive a entrar na caixa de livre vontade. O dono também pode
ajudar a motivar o cão com muitas festas e palavras de incentivo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">No
início, a porta da caixa mantém-se aberta enquanto ele disfruta das coisas
agradáveis que lá estão, a pouco e pouco vamos começando a fechar a porta por
pequenos períodos, de início só o tempo que ele demora a comer as guloseimas. Depois,
a porta irá manter-se fechada por períodos cada vez maiores: 2 minutos, 5 minutos,
10 minutos, etc. Devemos aproveitar as alturas em que sabemos que ele vai
descansar para o incentivarmos a fazê-lo dentro da caixa. O que é importante
neste processo é que ele saiba que não vai ficar fechado eternamente mas sim o
período necessário para o seu descanso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O que não se deve
fazer<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo2; text-indent: -18.0pt;">
</div>
<ul>
<li><span style="font-family: Wingdings; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">Como já dissemos
anteriormente, nunca devemos associar a caixa a qualquer espécie de castigo. A
caixa, na cabeça do cão, tem que estar sempre ligada a coisas muito positivas e
agradáveis;</span></li>
</ul>
<!--[if !supportLists]--><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo2; text-indent: -18.0pt;">
</div>
<ul>
<li><span style="font-family: Wingdings; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">Por razões óbvias, o
animal nunca deve estar fechado na caixa por mais de 4 horas de forma contínua,
excepto durante a noite enquanto dorme;</span></li>
</ul>
<!--[if !supportLists]--><br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo2; text-indent: -18.0pt;">
</div>
<ul>
<li><span style="font-family: Wingdings; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">A caixa nunca deve
ser aberta enquanto o animal estiver a bater na porta ou a ladrar, se isso for
feito ele associa o seu acto à abertura da porta, consequentemente sabe que
sairá sempre que quiser;</span></li>
</ul>
<!--[if !supportLists]--><br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo2; text-indent: -18.0pt;">
</div>
<ul>
<li><span style="font-family: Wingdings; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">§<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-indent: -18pt;">Somos nós que
decidimos quando devemos abrir a porta da caixa e deixar sair o cão e não ele
que pelas suas atitudes impõe que esta lhe seja aberta.</span></li>
</ul>
<!--[if !supportLists]--><br />
<div class="MsoListParagraphCxSpLast">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Resumo<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Ao
contrário do que se possa pensar e pela experiência que tenho com os meus cães,
eles adoram a sua caixa (toca). Se o processo de habituação e cumprimento das
regras for bem executado, o nosso cão ir-se-á deslocar para o seu abrigo sempre
que sinta necessidade de dormir ou descansar, com as consequências altamente
positivas que esse facto tem no bem-estar dele e nosso, promovendo assim uma sã
convivência entre nós e o nosso amigo de quatro patas. <o:p></o:p></span></div>
Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-46586284379180113782013-09-24T16:09:00.000+01:002013-09-24T16:10:29.680+01:00Será que os cães consideram as crianças como pequenos seres humanos?<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A visita que
dois dos cães do Centro Canino de Vale de Lobos fizeram a um jardim de infância
com o objectivo de demonstrarem a cerca de 100 crianças, com faixas etárias dos
3 aos 5 anos, que um cão pode efectivamente ser um grande amigo e,
principalmente a forma como eles interagiram com as crianças proporcionando a
estas momentos de puro deleite, levou-me a reflectir sobre a convivência entre
cães e crianças e a questionar-me se de facto eles as vêm como seres humanos
numa escala mais reduzida. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Actualmente,
há investigadores empenhados em estudar esta área tão complexa e que têm
chegado a conclusões no mínimo inesperadas. Nesse sentido, gostava de partilhar
algumas das palavras do investigador Inglês John Bradshaw e que vamos citar do
seu último livro “Dog Sense” (2011) <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">“Mesmo que os cães
possam ter várias categorias «amigáveis» de forma simultânea (capacidade que é
incomum entre os mamíferos), todo o indivíduo tem os seus limites. Isso está
bem exemplificado pela desconfiança que alguns cães nutrem em relação a
crianças. Como sabem os cães que as crianças são seres humanos pequenos e não
uma espécie inteiramente diferente? A resposta, ao que tudo indica, é que eles
não sabem. As crianças são marcadamente diferentes dos humanos adultos em
muitas coisas – a forma como se movem, os sons que produzem, e provavelmente, o
que é de significação específica para os cães, o cheiro que emitem. Cães que
nunca estiveram expostos a crianças quando cachorros podem ficar muito
desconfiados delas quando se encontram pela primeira vez já adultos, embora,
sendo cães, possam vir a ser treinados para vencer essa relutância inicial. Por
outro lado, se no seu primeiro encontro com uma criança tiverem as suas caudas
e as suas orelhas em posição de alerta, tais cães se tornarão irritáveis e
mal-humorados com outras crianças. O cão generaliza as crianças, tratando-as
como uma categoria e não como indivíduos. Do mesmo modo, durante a
socialização, os cachorros precisam generalizar entre um adulto e outro. Embora
os cachorros decerto cheguem a reconhecer algumas pessoas como indivíduos,
gente estranha será presumivelmente categorizada como «amigável» com base na
sua similaridade com as primeiras poucas pessoas que o cachorro conheceu.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Por isso é tão
importante (de forma calma e simpática) apresentar os cachorros a um espectro
tão amplo de gente quanto for possível: tanto homens como mulheres (pessoas que
vistam diferentes tipos de roupa), homens com barba, assim como homens bem
barbeados, e assim por diante. Esse procedimento ajuda a expandir os limites do
que o cão categoriza como «ser humano adulto». Se o gabarito for muito estreito,
talvez porque o cachorro conheça apenas uma ou duas funcionárias do canil
durante todo o seu período sensitivo, ele pode reagir à aparição de homens com
medo e ansiedade. Essa é uma das (muitas) razões porque os donos têm
dificuldades com cães provenientes de «produtores industriais de cães» ou de
pet shops: o conceito que fazem os cachorros sobre a aparência da raça humana
é, com frequência, muito restrito, e eles reagem de forma padronizada ao
evitar, com temor, qualquer outro animal de duas patas com que se defrontem”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Na sequência
do que John Bradshaw argumentou, atrevia-me a perguntar: será que os cães vêm
os homens e as melhores como pertencendo à mesma espécie?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Porque este é
um conceito totalmente inovador, carece de mais investigação, mas pelos sólidos
argumentos apresentados pelos investigadores, penso que merecem da nossa parte
um voto de confiança na continuação das investigações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Apesar disso,
não deixa de ser um tema que merece, pelo menos, um acto de reflexão da nossa
parte e pensemos assim: será que não faz algum sentido as conclusões que
chegaram até agora os investigadores? <i> <o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><i>Sílvio Pereira</i></span></div>
Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-73731678561466446342013-08-16T18:29:00.002+01:002013-08-17T20:53:44.722+01:00Recompensa e CastigoNuma altura em que se disseminam comercialmente os dispositivos para correção de problemas comportamentais com estímulos altamente aversivos, estando ao alcance de todos o sua aquisição, e cada vez estão a ser utilizados com maior frequência pelos próprios donos, sem terem o mínimo conhecimento técnico para o fazer, decidimos escrever este artigo para alertar que esse equipamento, para ter alguma utilidade, tem que ser manejado por quem sabe para que possa produzir o efeito desejado. Aproveitámos também para realçar que a grande maioria dos problemas comportamentais dos cães podem ser resolvidos por uma simples mudança de atitude dos donos e que outros podem ser perfeitamente solucionados através de contracondicionamento e dessensibilização utilizando as recompensas em vez dos castigos.<br />
<br />
A quantidade e o tipo de motivação exigidos para que um cão desempenhe um comportamento variam consideravelmente de acordo com o indivíduo, meio ambiente e satisfação relativa obtida a partir desse comportamento. Nalguns casos, a recompensa de um comportamento particular pode ser controlada pelo dono. Uma recompensa alimentar especial para sentar após o comando e uma festa na cabeça por vir quando é chamado, são disso exemplos. No entanto, muitas vezes, é a situação que é recompensadora de forma que os tipos de recompensas são bastante variáveis. A perseguição de um corredor ou de um carro é recompensada pela “obtenção” da fuga do objecto. O latido resulta em atenção ou permissão para entrar em casa. A escavação confere ao cão um buraco para se resfriar ou um meio de fuga. Independentemente de qual seja o problema comportamental específico é importante avaliar a situação para determinar se está envolvida alguma recompensa situacional.<br />
<br />
Se a recompensa exercer um papel num comportamento indesejável, um desvio desse comportamento também pode ser recompensado. Pode-se fazer com que o cão que salta para conseguir atenção se sente para atingir o mesmo objectivo. O cão que protege o seu comedor do dono pode aprender que a abordagem do proprietário significa que ele ganhará recompensas alimentares pequenas por bom comportamento. O desvio da atenção do cão que ladra constantemente proporciona um breve período de silêncio que pode ser recompensado.<br />
<br />
Os castigos também podem ser aplicados de várias maneiras e os cães individualmente variam quanto ao que consideram como castigo. Se o resultado final de uma punição não for uma diminuição na incidência do comportamento, então a técnica não será verdadeiramente um castigo para esse cão. Para que uma punição seja efectiva, deve ser imediata, ocorrer em todos os momentos que o comportamento acontecer, ter uma intensidade e uma duração apropriadas, ser aplicada de acordo com o contexto e permitir uma resposta alternativa do animal.<br />
<br />
Alguns cães reagirão a uma voz elevada com um comportamento de submissão total. A dor proveniente de uma palmada, pode não afetar um Rottweiler, mas pode ser demasiado severa para um Poodle, e seria uma agressão para um Boston Terrier. A intensidade da punição em relação ao indivíduo é tão importante quanto a oportunidade da sua aplicação. Deve ser suficientemente forte para ser considerado como um castigo por parte do cão, mas não deve ser tão forte que possa tornar-se excessiva ou perigosa. Um estímulo aversivo pode desencadear uma resposta de fuga ou uma manifestação agressiva por medo e pode interferir na lição pretendida ou na relação dono-cão. Por outro lado, se a punição for muito leve no início e for aumentada gradualmente, o nível efectivo terá de ser muito mais alto do que aquele que se necessitaria inicialmente.<br />
<br />
O castigo é mais efectivo se o cão o experimentar imediatamente no contexto do evento em vez de ser aplicado quando o dono se apercebe do facto merecedor da punição. Uma punição remota iguala o desempenho de um comportamento particular com um resultado negativo. Se empurrar uma porta aberta para entrar num local proibido resultar numa série de latas caindo ruidosamente próximo do cão, o comportamento inaceitável de abrir a porta será punido imediatamente. Outras formas de punição remota incluem ratoeiras ou dispositivos de choques activados quando um cão salta sobre um sofá, um balão preparado para se mover em direcção a um prego sobre a cabeça de um cão ladridor, um interruptor activado por movimentos que fará com que um secador de cabelo sopre ar sobre um cão se ele tentar entrar num compartimento que lhe está vedado e, em casos extremos, as coleiras de choques eléctricos. A variedade de dispositivos de punição remota é limitada somente pela imaginação. Apesar de se encontrar actualmente no comércio uma grande gama deste tipo de equipamentos o seu uso deve ser orientado pelos mesmos objectivos que qualquer outro castigo, ou seja, a sua aplicação deve ser seguida imediatamente ao acto e deve estar diretamente relacionada com o estímulo que a desencadeia e deve ocorrer em todos os momentos em que o animal apresente o comportamento a corrigir. E, atenção, pode ocorrer um sistema de habituação caso se utilize muito frequentemente uma punição num nível baixo.<br />
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Uma palavra sobre o uso de coleiras de choques eléctricos uma vez que são equipamentos sobre os quais donos frustrados normalmente questionam. A coleira de choques com controlo remoto como auxílio à resolução de problemas comportamentais graves, como o caso da agressividade inapropriada, deve ser sempre utilizada por um profissional com conhecimentos de comportamento canino. Um segundo tipo de coleira de choques é activada pelo ladrido. Embora a utilização deste dispositivo seja útil nalguns latidores problemáticos, outros são tão sensíveis que esse castigo torna-se totalmente inapropriado. O outro uso deste tipo de equipamento é em associação com uma cerca invisível.
Como foi dito anteriormente, para poder utilizar estes tipos de dispositivos de correção é necessário que o utilizador tenha formação para o efeito, pois a quantidade de punição é frequentemente muito severa ou incompatível, dependendo da força da bateria, calibração da intensidade do choque, raça do cão, quantidade de pelos do cão, grau de contacto cutâneo direto e presença de pelos húmidos. Mais importante, a pessoa que controla o comando pode não conhecer os princípios comportamentais da aprendizagem, incluindo a oportunidade a aplicação do castigo apropriado.<br />
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<i>Sílvio Pereira </i>
Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-79005249223530582092012-03-17T15:53:00.003+00:002012-03-17T16:05:36.505+00:00DOMINÂNCIA CANINA! O fim de um mito?<strong>2ª Parte</strong><br /><br />Depois de termos demonstrado, no artigo anterior, que o cão não é um lobo mas sim uma espécie, igualmente pertencente à família dos canídeos, autónoma e com particularidades próprias, vamos neste artigo definir o conceito de “dominância” interpretado segundo as perspectivas tanto do homem, como do lobo, como do cão.<br /><br /><strong>“Dominar”, o que é?</strong><br /><br />O Dicionário de Língua Portuguesa da Academia de Ciências de Lisboa define o termo “dominar” como sendo <em>“subjugar uma pessoa ou ser animado que oferece resistência usando a força”</em> define igualmente o termo como <em>“obrigar uma pessoa ou um animal a obedecer à sua vontade; ter autoridade ou poder sobre ela; ter ou exercer domínio”. </em><br /><br />Perante a definição deste conceito, quem exerce o poder de dominar os outros pode ser considerado um déspota ou um ditador uma vez que, para impor a sua vontade, subjuga os outros através da força e da prepotência. Neste contexto, deixo no ar algumas questões para reflexão dos leitores: Será que os grandes líderes, aqueles que efectivamente fizeram história pelo acerto das suas decisões, precisaram de subjugar o seu povo para fazerem valer os seus pontos de vista? Precisamos de obrigar os nossos filhos, através da força, a obedecer às nossas vontades, vontades essas muitas vezes desprovidas de nexo e de objectividade? Como seres racionais não seria mais lógico utilizarmos a nossa inteligência superior para resolvermos as questões de convivência que nos são colocadas todos os dias pelos nossos amigos caninos? Será que eles não sentem, como nós, quando são maltratados e ostracizados por uma sociedade que não lhes deu a oportunidade de se integrarem através de uma socialização correta e consequente?<br /><br />Sim, são perguntas inquietantes mas que fazem todo o sentido serem colocadas com o objectivo de desmistificar uma prática que por norma tem sido seguida pelos adestradores de animais, principalmente até ao final do século passado e muitos ainda a praticam apesar do grande desenvolvimento que desde aí se tem vindo a verificar do conhecimento dos mecanismos da aprendizagem animal, pratica essa baseada na subjugação e no medo daqueles que pretendemos ensinar. <br />Porque é que não aproveitámos já há mais tempo as experiências feitas com os adestradores de golfinhos e baleias no início dos anos 60 do Século XX e que, devido aos excelentes resultados, vieram subsequentemente a serem prática comum nessa actividade? É consensual que nessas situações não se podia adestrar esses animais com base na subjugação e no medo uma vez que isso seria inconsequente devido a razões óbvias.<br /><br />Já se sabia desde meados dos anos 40 do século passado, através dos estudos do Sr. B.F. Skinner, e os adestradores de golfinhos tiveram o bom senso de aproveitar esses conhecimentos, que a melhor maneira de ensinar animais era através do Condicionamento Operante (comportamento = reforço) demonstrando inclusive que é a vontade do animal que conta na sua própria aprendizagem uma vez que se executar o que lhe for pedido é recompensado e se não o fizer pura e simplesmente não recebe recompensa. Como os animais sobrevalorizam o que os reforça não têm dúvidas em discriminar positivamente e optar por fazer aquilo que lhe oferecerá perspectivas de serem recompensados. <br /><br />Por outro lado, existe um erro de preconceito ao se achar que tudo o que os cães fazem é com o objectivo de dominar os humanos que com eles convivem. Se isso acontecer é porque não foram socializados e não lhes foi devidamente comunicado que para se viver plenamente inserido numa sociedade só têm que se cumprir algumas regras e que não é necessário agir de forma agressiva para atingir os objectivos que nos cães são, fundamentalmente, a protecção dos recursos. <br /><br /><strong>A “dominância” na perspectiva dos humanos</strong><br /><br />Ainda reportando às definições da palavra “dominar” dada pelo Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa, se as transpusermos para aos nossos cães estaremos a aplicar valores humanos. Na sequência do que foi dito no parágrafo anterior, poder-se-ia argumentar que um cão agressivo tem uma forte presença e mostra-se influente. Mas, não foi ele que decidiu em consciência ter essa forte presença ou influência da mesma maneira que uma pessoa pode decidir tê-las ou não. Portanto, não se deve confundir a agressividade dos cães com “dominância”, são coisas totalmente distintas.<br /><br />Por exemplo, um adestrador dando uma aula a um grupo de pessoas, provavelmente pôr-se-á em pé no meio da sala, falará com os participantes e fará uma demonstração de como ensinar os cães a fazerem algum exercício em particular. Conscientemente decidiu, pelo facto de que quis livremente dar aquela aula, ter uma forte presença, mostrar-se influente e adoptar uma posição de comando sobre os participantes. Algumas pessoas lutam por postos de responsabilidade na empresa para terem mais gente a trabalhar sob as suas ordens e assumir mais importância. Esta é uma decisão voluntária. Por outro lado, outras pessoas são tímidas ou reservadas e não desejam estar na situação de dar uma palestra a um grupo de gente que está à sua frente a ouvi-lo. Essas pessoas tomaram essa decisão conscientemente. Com todos estes exemplos quero dizer que nós temos a <strong>opção</strong> de decidir, enquanto que um cão não pode tomar essa decisão de forma consciente. Portanto, a definição de “dominância”, conforme a conhecemos e vem descrita nos dicionários, não pode ser aplicada aos nossos cães.<br /><br /><strong>A “dominância” na perspectiva dos lobos</strong><br /><br />O Etólogo Luso-Dinamarquês Roger Abrantes define a dominância nos lobos como <em>“um instinto condutor básico de sobrevivência canalizado para eliminar a competição de outro macho</em>”. Por outras palavras, se um lobo quer aceder a um fêmea para acasalar tem que eliminar a ameaça de outros lobos com a finalidade de se converter em “Alfa”. Isto não significa que saia por aí mordendo os outros machos, tal como explica Roger Abrantes:<em> “a hierarquia define-se como uma relação de dominância-submissão que se estabelece e se mantém através de comportamentos ritualizados”.</em><br /><br />Para um lobo ser o “Alfa” significa ser ele que tem o direito de procriar e obter descendência. Tendo isto em consideração e de que nós controlamos a maioria, se não todos os recursos dos nossos cães, incluindo se pode ou não procriar, a definição para o lobo é entendida como <em>“um instinto condutor básico de sobrevivência canalizado para eliminar a competição de outro macho”</em> como tal não se pode aplicar aos nossos cães.<br /><br />Se efectivamente consideramos necessário sermos o “Alfa” sobre os nossos cães, como poderíamos estabelece-lo e mante-lo aplicando comportamentos ritualizados de linguagem canina para que o cão nos entenda? A resposta é: não podemos. Não temos as mesmas orelhas que os lobos, nem cauda; não podemos eriçar os pelos nem mostrar a mesma dentadura ou elevar os lábios do mesmo modo que faz um lobo, nem dilatar as pupilas. Resumindo, nós não estamos equipados com a mesma anatomia de um lobo ou de um cão para sermos capazes de comunicar para que um cão (ou um lobo) nos compreenda. Quero dizer, nós não podemos imitar os comportamentos ritualizados dos canídeos. <br /><br /><strong>A “dominância” na perspectiva dos cães</strong><br /><br />Nenhuma das definições dadas anteriormente é aplicável ao cão doméstico, portanto tem que haver uma terceira definição de “dominância” que possamos aplicar à relação com os nossos cães. Muita gente crê que se um cão mostra agressividade para com o seu dono está a ser dominante e, como tal, tentando subir na escala hierárquica. Apesar de existir a expressão “agressão por dominância” ela não implica que o cão tenha como objectivo elevar o seu estatuto. A Dra. Karen Overall definiu a agressão por dominância como sendo <em>“a intensificação de qualquer resposta agressiva por parte do cão é uma correcção ou interrupção passiva ou activa do seu comportamento</em>”. Isto significa simplesmente que se um cão sofre de ansiedade devido nossa atitude para com ele, pode tornar-se agressivo.<br /><br />Não obstante isso, dado que a agressão por dominância baseia-se em algum tipo de problema de ansiedade, a Dra. Overall redefiniu o termo como<em> “controlo do impulso de agressão”</em>. Os cães não são agressivos de forma impulsiva se possuem um temperamento equilibrado, foram bem socializados e não sofreram maus tratos. Mas sabemos que alguns cães podem ser “avassaladores”: põem continuamente à prova os limites a ver até onde conseguem chegar. Acerca desta conduta a Dra. Overall disse: <em>“Não existem evidências de que este tipo de cães seja algo mais que uma variante de um cão normal, e não está associado a nenhum tipo de posto hierárquico artificial… nem tampouco existem evidências de que este tipo de cães tenha desenvolvido algum tipo de agressividade patológica”. </em><br /><br />Para corroborar os pontos de vista da Dra. Overall, Lindsay afirma: <em>“muitas expressões de agressividade que se diagnosticam na actualidade como agressão por dominância têm como objectivo evitar algo que entende como aversivo, mais que tentar manter um status social”.</em><br /><br />Quer dizer, um cão pode comportar-se de forma agressiva quando o dono não é capaz de ler a sua linguagem corporal. O cão está a tentar comunicar algo mas o dono não interpreta correctamente e não reaciona ou faz de um modo inapropriado. Um cão pode responder de forma agressiva se é maltratado ou se é corrigido de forma severa, pode mostrar-se inseguro em relação ao seu dono ou com as pessoas em geral e possivelmente reaciona de forma agressiva se sucede algo que ele perceba como sendo uma ameaça. Ou pode sofrer naquele momento de algum tipo de ansiedade que o dono não é capaz de reconhecer. Neste caso trata-se de um cão que reaciona (ainda que de forma inapropriada para connosco) perante uma situação no qual não se encontra de todo cómodo.<br /><br />Muitos terapeutas do comportamento e outras autoridades no mundo dos cães definem a dominância nos nossos cães domésticos como a “protecção dos recursos”. Proteger os recursos acontece quando o cão tenha algo que gosta: é um troféu e tem a intenção ligar-se a ele a todo o custo. Um recurso pode ser qualquer coisa, comida, um brinquedo, o sofá ou inclusivamente o dono. A protecção dos recursos manifesta-se quando um cão pode potencialmente mostrar agressão e esta se intensificaria incorretamente como se estivesse a mostrar “agressão por dominância”.<br /><br />A Dra. Karen Overall disse que <em>“a dominância é um conceito que encontramos na etologia tradicional e que faz referência à habilidade de um indivíduo em manter ou controlar o acesso a alguns recursos. Não devemos confundi-la com o status”. </em><br />A agressão por dominância (ou o controlo do impulso agressivo) baseia-se em algumas formas de ansiedade, não obstante, a protecção dos recursos tem a ver com o cão guardar com vigor algo que deseja. Mas em nenhum caso a agressão por dominância, nem a protecção dos recursos tem alguma coisa a ver com status. Desde o nosso ponto de vista, se queremos classificar um cão como “dominante” a definição de “guardar os recursos” parece ser o conceito mais lógico quando consideramos que o que é verdadeiramente valioso para um cão: a comida, a água, um lugar para dormir, brincar com os brinquedos e muitas outras coisas em função do cão e do seu entorno, mas tudo entra dentro do saco dos recursos. A menos que alguém apresente uma definição que seja mais tangível, “a protecção dos recursos” parece ser a definição mais plausível de um cão “dominante” numa situação cão/dono, mas que fique bem claro <strong>ele não tenta elevar o seu status. </strong>Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-30761327449236550552012-02-08T16:00:00.008+00:002012-03-17T16:12:52.877+00:00DOMINÂNCIA CANINA! O fim de um mito?<strong>1ª Parte</strong><br /><br /><span style="font-style:italic;">Será um objectivo prioritário dos nossos cães tornarem-se líderes da sua “matilha” para dominarem os seus donos? Lá porque descendem dos Lobos, teremos que adoptar as mesmas estratégias que estes utilizam para os liderarmos? Será que o termo “Alfa” ainda faz sentido? Serão a estas e a outras perguntas que iremos tentar responder numa série de artigos, que iniciaremos este mês, acerca do mito: <span style="font-weight:bold;">Dominância inter-específica. </span></span><br /><br />Este é, de certeza, um tema polémico, principalmente para aqueles adestradores e comportamentalistas que não evoluíram e que ainda utilizam métodos de treino e de modificação comportamental baseados em premissas arcaicas segundo o princípio da necessidade de dominar para poder subjugar e, por vezes, torturar os animais com o objectivo de obterem destes os resultados pretendidos: uma submissão baseada no medo e no terror.<br /><br />Felizmente, nos últimos 10, 15 anos, começaram a aparecer alguns conceituados investigadores (dos quais iremos citar alguns deles durante os artigos que iremos apresentar) interessados em aprofundar estas questões relacionadas com o tipo de simbiose existente entre os humanos e os cães, e as conclusões a que todos eles chegaram foram, no mínimo, surpreendentes, indo em contraponto ao consenso que até aí existia de que devíamos ter uma organização social com os nossos cães baseada no estatuto hierárquico, exactamente como os Lobos têm entre si sendo que, para conseguirmos conviver com eles, teríamos que adoptar também o conceito de “alfa” como existe nas grandes alcateias de Lobos. Esses investigadores vieram dizer-nos que, efectivamente, não é nada disso que acontece com os cães mas tão só que, para haver um equilíbrio na relação humano/cão são só necessárias três coisas: correcta socialização na fase crítica do crescimento do cachorro, conhecimento da linguagem canina para que possamos interpretar os sinais emanados por estes e um consequente adestramento em obediência social, seguindo os princípios do condicionamento operante e sem recurso ao castigo físico. <br /><br />Vamos então tentar explicar o mais pormenorizadamente possível e com a clareza que se impõe para que o leitor possa compreender os conceitos, por vezes algo técnicos, e assim poder acompanhar-nos na mensagem que queremos transmitir.<br /><br /><br /><span style="font-weight:bold;">E o Lobo torna-se Cão</span><br /><br />O zoologista austríaco e fundador da Etologia moderna, Konrad Lorenz (Prémio Nobel da Medicina em 1973) teorizou, na sua obra “E o Homem encontrou o Cão”, que algumas raças de cães domésticos descendiam dos Lobos, outras dos Chacais e outras ainda dos Coiotes. Com a evolução da genética e a introdução do ADN mitocondrial como suporte para a identificação taxonómica das espécies, chegou-se à conclusão que esta teoria de Lorenz estava errada e que tanto o Chacal (Canis Aureus), como Coiote (Canis Latrans) como o cão (Canis Familiaris) são ramificações de uma mesma árvore cujo tronco é o Lobo (Canis Lupus). Queremos com isto afirmar que tanto o Cão, como o Chacal como o Coiote, numa dada altura do seu percurso afastaram-se do seu ancestral, o Lobo e evoluíram noutras espécies totalmente distintas. <br /><br />No caso que nos interessa, o Cão, as principais razões pelas quais os investigares consideram que este descende do Lobo são as seguintes:<br /><br />• O ADN mitocondrial de ambos virtualmente é o mesmo (99,8%);<br />• Têm o mesmo número de cromossomas (78);<br />• Têm o mesmo número de dentes (42) se bem que os dentes dos cães são mais pequenos que dos lobos.<br /><br />Estes talvez sejam os únicos traços que são partilhados por cães e lobos uma vez que, ao longo da evolução dos cães como espécie autónoma, foram produzidas mudanças físicas que devemos considerar:<br /><br />• Mudou a forma e o tamanho do crânio que, dependendo da raça, se encurtou ou se alargou, sendo o Bulldog Inglês um exemplo típico, se bem que nos lebreus (galgos) o crânio se tenha alongado e estreitado. À semelhança do que acontece com o tamanho do indivíduo, os tamanhos do crânio e do cérebro são proporcionalmente mais pequenos que os de um Lobo. Esta redução do cérebro tem como consequência que os sentidos da visão e da audição são menos desenvolvidos nos cães que nos lobos;<br />• Os cães possuem glândulas sudoríferas nas almofadas das patas, mas os lobos não;<br />• Os lobos não alteraram o seu porte e colocação da cauda, mas os cães apresentam uma panóplia de posições, tipos e tamanhos.<br />• As cadelas têm dois cios por ano e iniciam a sua maturidade sexual entre os 6 e os 12 meses podendo entrar em estro em qualquer altura do ano. As lobas têm só um cio e sempre na mesma época do ano, de maneira que os seus lobachos nasçam na primavera quando as temperaturas são mais agradáveis e a comida mais abundante. Além disso as lobas não têm o seu primeiro cio antes dos dois anos de idade. <br /><br />Ao longo de milhares de anos a grande variedade de raças de cães que foram criadas até aos nossos dias evoluíram do lobo. Durante este tempo, é possível que o lobo tenha modificado muito pouco a sua estrutura física e mental, em contrapartida nós temos produzido, mediante uma combinação de factores naturais e de selecção, raças de todas as formas e tamanhos. O peso de um cão doméstico pode variar dos 680 gr. de um Chihuahua aos 95 Kg. de um São bernardo. O lobo manteve o seu peso, tamanho e coloração do pêlo e não houve alterações pelo menos nos últimos 1000 anos. <br /><br />Há cães com diferentes posições de cauda e forma das orelhas. Criámos cães com o objectivo de nos ajudarem nas tarefas do dia-a-dia, tais como no pastoreio, na caça, na guarda, puxar trenós, ou como simples animais de companhia. A pelagem de um cão pode variar de cor, tamanho e tipo e, até há raças sem pelo algum. Inclusivamente modificámos o movimento dos cães. No galope dos galgos, a dado momento, têm as quatro patas no ar, algo que se assemelha à corrida dos gatos. Os lobos não correm desse modo. Os lobos adultos não ladram, uivam, os cães, devido à neotenia, ladram toda a sua vida.<br /><br />O cérebro do cão mudou. Deixou de pensar como o de um lobo que não é. O cão tem prioridades distintas das do lobo: valoriza aquilo que o reforça dentro do seu meio ambiente, como a comida, os brinquedos, os passeios, a companhia e a brincadeira com o seu dono, praticar vários tipos de desportos, etc. O cão deixou de precisar de caçar para se alimentar, de procurar companheira/o para se reproduzir, de guardar para se proteger uma vez que o seu dono humano proporciona-lhe tudo isso.<br /><br />O desenvolvimento social e comportamental do cão também se alterou na mesma proporção em que se modificou a sua componente física uma vez que, a frequência com que os lobos apresentam padrões motores de sobrevivência diferem substancialmente da dos cães. Por exemplo, têm que aprender mais rapidamente que os cães a resposta de medo: aos 19 dias para um lobo contra os 49 dias para os cães. Os lobos têm que aprender muito rapidamente as habilidades de caça para poderem sobreviver. Um cão doméstico não necessita de aprender as técnicas de caçar e matar. Os valores de sobrevivência do lobo são: Comida, água, um lugar onde possa estar seguro e protegido, companhia dos congéneres e reprodução.<br /><br />O casal Ray e Lorna Coppinger definiram a sequência dos padrões motores de sobrevivência dos lobos da seguinte forma:<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Posicionar-se > fixar o olhar e agachar-se > perseguir > agarrar-morder > matar > dissecar > consumir</span><br /><br />Em relação aos nossos cães, faltam-lhes partes desta sequência predatória dos lobos. “Parte da domesticação e da evolução dos cães foi realizada remarcando certas partes da sequência e suprimindo ou deixando em estado latente outras” (James O’Heare)<br /><br />Por exemplo, o padrão motor do comportamento predatório de um border collie de pastoreio é:<br /><br />Posicionar-se > <span style="font-weight:bold;">fixar o olhar e agachar-se </span>> perseguir > agarrar-morder > matar > dissecar > consumir (Ray e Lorna Coppinger)<br /><br />Neste caso os padrões de fixar o olhar e agachar-se são os mais reforçantes da sequência. Nota-se a falta de agarrar-morder e matar, apesar disso estes padrões motores estão presentes mas encontram-se num estado latente.<br /><br />No caso de um Retriever que necessita de trazer as peças de caça com boca branda para não as destruir, a sequência do seu padrão motor é a seguinte: <br /><br /><span style="font-weight:bold;">Posicionar-se > agachar-se > agarrar-morder </span>> consumir <br />(Ray e Lorna Coppinger)<br /><br />Assim, por um lado temos um lobo cujos padrões motores de predação não mudaram porque precisa deles intactos para a sua sobrevivência. Por outro temos os nossos cães domésticos de diferentes raças, com padrões motores de predação totalmente distintos e que se adaptaram em cada raça para se ajustarem às distintas funções, ou como animal de companhia ou como cão de trabalho.<br /><br />Sobre as diferenças de comportamento entre um lobo e um cão doméstico, Steven Lindsay disse: “Ao longo da história da domesticação se segregou os cães dos lobos pelo seu comportamento e um deles deve ter tido o cuidado de não realizar excessivas generalizações entre os dois canídeos no que se refere às suas respectivas motivações e padrões de comportamento”.<br /><br />Depois de analisado em pormenor a evolução do cão e a sua separação do lobo, temos que este (Canis Lupus) permaneceu sem alterações durante centenas de anos e temos o cão doméstico (Canis Familiaris) que mudou na sua aparência e no seu comportamento e que agora pode fazer muitas coisas que são completamente estranhas ao lobo. Os cães estão neste momento tão afastados dos seus ancestrais como nós estamos afastados dos nossos cães. <br /><br />No próximo mês iremos continuar com este tema da dominância canina.Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-8225010732421385852011-12-19T09:46:00.005+00:002011-12-19T10:14:33.279+00:00COMPORTAMENTOS APRESENTADOS PELOS CÃES NO SEU RELACIONAMENTO COM OS HUMANOSPoderíamos considerar que, para um cão, um figurante de treino pertence sempre a uma espécie que vai “lutar” com outra. Devido a essa situação, o figurante deve ser sempre uma pessoa desconhecida tanto do cão, como do adestrador como do dono. Quando estimulados os seus instintos, o figurante trata de o “obrigar a sobreviver”, toda a sua filogenia (o que está gravado nos genes) está presente no acto de defesa, morderá ou será obrigado a retirar-se do território do humano. Este comportamento é equiparado ao do cachorro que procura a protecção entre as pernas do seu dono. Para trás ficaram as sessões de brincadeira com a manga e a diversão da caça, agora há que enfrentar ou retirar-se.<br /><br />Analisando esta questão sob o ponto de vista etológico e abandonando as nossas considerações antropomórficas sobre o cão, vejamos como actuariam em liberdade e assim compreenderemos muitas das condutas desconcertantes desta grande espécie.<br /><br />A luta directa é frequente na natureza mas, é ainda mais frequente não chegarem a ela. O mais normal é a mescla de luta + exibição.<br /><br />Porque se exibe o cão perante o figurante? Efectivamente só actua como faria com outro membro da sua espécie com quem está a disputar um recurso, fêmea, território ou para evitar a depredação. Até há bem pouco tempo considerava-se que este comportamento era motivado pelo bem da espécie. Hoje já ninguém duvida que os animais saiem beneficiados na evitação da luta, sempre e quando se saiba a priori qual irá ser o resultado. Se vale a pena, arrisca-se, se os benefícios são poucos, retira-se.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Estratégias “gavião, pomba e burguês”</span><br /><br />A estratégia “gavião” consiste em lutar sempre. A “pomba” em exibir-se a ver se dá resultado e se não, retirar-se.<br /><br />Maynards Smith em 1978 publicou um estudo muito completo sobre este modelo de comportamento. Nele associava a uma luta, um custo, a uma ferida, outro, e a um display (conjunto de sinais que predizem um comportamento complexo) um custo muito inferior. Aplicou uma matriz aos custos dos distintos enfrentamentos e, dos seus resultados, chegou à conclusão de que: ou numa população há indivíduos que actuam sempre como “gavião” ou como “pomba”, ou o mesmo individuo comporta-se sete vezes como “gavião” e cinco como “pomba”.<br /><br />Este tipo de comportamento é realmente muito difícil de encontrar na natureza pelo que chegou-se à conclusão que existe uma outra classe de estratégia, a do “burguês”. Consiste em que: um animal porta-se como “gavião” quando é o dono do recurso e como “pomba” quando é o intruso.<br /><br />Devido a isto, e aplicada a matriz correspondente ao estudo experimental, podemos afirmar que: numa população onde existam as três estratégias, vencerá sempre a do “burguês”.<br /><br />O cão será sempre mais forte no seu território, ao lado do seu amo, na defesa da sua prole ou defendendo o recurso. Extrapolando a estratégia do “burguês” para a espécie humana vemos que um homem, por débil que possa aparentar defenderá com arrojo a sua casa e a sua família. Esse mesmo homem demonstrará debilidade se vir a casa do seu vizinho ser assaltada e à primeira dificuldade fugirá aceitando a derrota. Realmente, o que está em disputa neste último caso é algo que nunca teve, enquanto que no primeiro o que defende é a sua própria vida e tudo o que ele possui. Neste contexto, pode ser aplicado o ditado chinês: Teme a ira de um homem pacífico!<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Estes comportamentos aplicados à nossa realidade</span><br /><br />Se trabalhamos com muitos cães temos oportunidade de observar as três estratégias:<br /><br />• O cão morde sempre que se “sente” agredido;<br />• O cão nunca morde mas exibe-se;<br />• O cão morde somente quando se defende ou está em perigo o seu dono ou o recurso.<br /><br />Evidentemente esta última estratégia é a mais rentável para o animal e podemos assegurar que é adaptativa e evolutivamente estável e, devido a isso, devemos procurar os exemplares que saibam decidir a estratégia que devem utilizar em cada momento. Em termos coloquiais, o que nos interessa é o cão “burguês”.Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-47662601495685173042011-11-22T12:40:00.001+00:002011-11-22T12:42:36.788+00:00INTELIGÊNCIA, APRENDIZAGEM E MEMÓRIA NOS CANÍDEOS<span style="font-weight:bold;">A Inteligência</span><br /><br />A inteligência canina, à semelhança do que acontece em muitas outras espécies, pode-se configurar como qualitativamente igual à nossa mas quantitativamente muito inferior. Quando falamos de inteligência confrontamo-nos sempre com a mesma questão: O que é e como podemos defini-la? Se houvesse um só padrão para podermos medir o grau de inteligência inter ou intra-específica, não teríamos problemas para escalonar um animal, no seu nível intelectual, em relação à espécie humana.<br /><br />Num seminário em que participei numa Universidade Espanhola e que foi ministrado por um Professor de Psicologia e por um Professor de Etologia, um dos temas em discussão foi o da inteligência animal. Durante o debate passou-se do antropomorfismo ao cepticismo e da paixão ao pragmatismo. No final e, perante a tese de que os animais superiores “pensam” qualitativamente igual a nós, alguns assistentes protestaram veementemente. Concretamente um deles definiu a inteligência como “a capacidade de criar ou produzir algo que tenha a ver com arte”. O Etólogo argumentou que determinados primatas pintaram quadros muito parecidos aos de Picasso e outros, inclusivamente criaram um estilo próprio, depois de um adestramento adequado. A anedota surgiu quando um dos participantes, com falta de justificações científicas para desmontar a tese, comentou: “Para mim, inteligência qualitativa é um chimpanzé escrever D. Quixote de La Mancha!” O Professor de Etologia, com ar astuto respondeu: “Nem você nem eu juntos e em muitos anos, seríamos capazes de competir com Cervantes em tal façanha e assim, segundo as suas razões, está-nos a equiparar em inteligência a um simples chimpanzé!”.<br /><br />A nossa inteligência, comparada à de um cão, é igual mas com um período evolutivo impressionante a nosso favor. Assim, o animal prevê a consequência de uma resposta, associa estímulos, cria padrões próprios de conduta e realiza um monte de sequências baseadas no mesmo padrão inteligente de um ser humano. Fundamentalmente, o que distingue o tipo de inteligência do homem da do cão é que, enquanto este aprende a resolver os seus problemas e conflitos de sobrevivência através da inteligência associativa, o homem para atingir os seus objectivos utiliza outro tipo de inteligência mais complexa e mais elaborada, a cognitiva. <br /><br /><span style="font-weight:bold;">A Aprendizagem</span><br /><br />Em termos gerais entende-se por aprendizagem, qualquer mudança de conduta de um animal, numa situação determinada, que é atribuída à sua experiência prévia com essa situação ou com outra que compartilhe certas características. Excluem-se por tanto, as mudanças que se devem à adaptação sensorial, à fadiga muscular, a possíveis danos físicos ou à maturação mental.<br /><br />Podemos assim chegar à conclusão que um cão aprendeu algo, quando observamos uma mudança significativa no seu comportamento mas, temos que distinguir entre aquelas mudanças que se devem à aprendizagem das que se podem atribuir a outras causas. Se um cachorro procura comida num determinado local, e que algumas horas antes não o fazia, pode-se dever esta conduta a que agora esteja com mais fome que antes e que o que mudou foi o seu estado motivacional.<br /><br />Foram propostas diversas classificações para os distintos tipos de aprendizagem:<br /><br /><span style="font-weight:bold;">1. Aprendizagem não associativa</span><br /><br />Quando, depois de várias ocasiões nas quais se expõe o animal a um estímulo, este deixa de licitar uma resposta, diz-se que se produziu uma habituação. Podemos assegurar que, se a habituação está tão estendida no reino animal, deve ter uma grande importância biológica na hora de descriminar e tomar decisões apropriadas a cada situação evitando o gasto inútil de energia que implicaria o responder de forma repetida a estímulos que a experiência demonstra que são irrelevantes. Um cão jovem é normal que ladre a qualquer coisa (inclusive a uma mosca). Quando passa à fase juvenil o ladrar sem necessidade só implica um gasto de tempo e sobretudo de energia sem obter consequências positivas.<br /><br />A aprendizagem também pode causar o aparecimento de novas respostas em vez da extinção das antigas. A este mecanismo dá-se o nome de sensibilização. Assim, um cão pode dirigir certas respostas em função de um estímulo, previamente neutro, depois de haver sido exposto a estímulos motivacionalmente importantes como o alimento (+) ou um castigo físico (-).<br /><br /><span style="font-weight:bold;">2. Aprendizagem associativa</span><br /><br />Caracteriza-se porque o cão aprende a associar dois estímulos unidos no tempo. No condicionamento clássico ou Pavloviano, o primeiro estímulo é o condicional (uma luz, som, etc.) e o segundo o incondicional (alimento, água ou carícias). A vantagem da mudança para o condicionamento operante ou instrumental, primeiro é o sucesso de uma resposta comportamental do cão mais assertiva e o segundo, é a consequência que obtém desse comportamento. Tanto utilizando um método como o outro, a consequência será sempre reforçante. <br /><br />A capacidade de aprender através destes dois tipos de condicionamento, resulta num grande valor adaptativo porque permite ao cão fazer com que seja mais previsível tudo o que ocorre no seu meio ambiente e responder com um comportamento mais adequado. Não obstante, o condicionamento operante é o melhor método dos dois porque permite ao cão desenvolver uma grande capacidade de “inventar”. Se para além disso, o animal, possuir uma certa capacidade cognitiva, o repertório pode aumentar exponencialmente. Noutras palavras, graças à aprendizagem associativa, o cão pode identificar relações de contingência e relações causais entre acontecimentos externos e o seu comportamento e os efeitos que estas podem ter. <br /><br /><span style="font-weight:bold;">3. Aprendizagem latente</span><br /><br />Existem ocasiões em que um animal adquire informação do seu meio ambiente sem necessidade de obter uma resposta concreta e imediata. A este tipo de aprendizagem dá-se o nome de latente. Sabe-se que a informação está aí porque, dadas as condições apropriadas, o organismo faz uso dela. Normalmente adquire-se por exploração e pode ser de um grande valor adaptativo. Em liberdade poderia, por exemplo, ser a diferença entre ser depredado ou não. Quase todos os animais mostram precaução perante uma coloração apossemática (que não é venenosa) ou de advertência que exibem as suas possíveis presas.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">4. Aprendizagem súbita</span><br /><br />Tem lugar quando um indivíduo é capaz de resolver um problema sem recorrer ao processo tentativa / erro. Noutros termos, poderá dizer-se que o cão é capaz de usar informação, obtida num dado contexto, para resolver mentalmente, um problema surgido noutro contexto diferente.<br /><br />Quando um animal resolve uma situação rapidamente, devido à experiência adquirida na resolução de outras similares, diz-se que desenvolveu estratégias de aprendizagem (learning sets). Realmente estas estratégias são de um grande valor adaptativo porque poupam ao cão uma grande quantidade de tempo na aprendizagem que, de outro modo, se perderia se tivesse que resolver cada problema em separado. Em termos de adestramento chamamos a este conceito capacidade de resolução. <br /><br /><span style="font-weight:bold;">5. Aprendizagem social</span><br /><br />Os animais que vivem em grupos sociais – como é o caso do cão – são capazes de aprender com outros indivíduos da sua espécie. É normal os primatas aprenderem a usar “ferramentas” para se alimentarem e inclusivamente, o uso de plantas medicinais. Nos cães que vivem em “matilhas mais ou menos livres” podemos observar como os cachorros que não tenham sido condicionados a um estímulo, reagem frente a ele, como viram fazer os seus progenitores.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Resumindo</span><br /><br />De todas as formas de aprendizagem a mais utilizada, devido aos seus bons resultados, é a associativa instrumental ou operante. Realmente é aquela que preconizamos e utilizamos no nosso trabalho ainda que, logicamente ajustada à capacidade de cada indivíduo, e à sua raça.<br /><br />O problema do adestrador complica-se sempre que, em vez de utilizar um rato de laboratório, indefeso perante as nossas manipulações, se enfrenta com um animal que não tem “nenhuma vontade” de se submeter a nenhum condicionamento e que para além disso se sente apoiado pelos seus dentes e pelo seu dono. Nunca vimos nenhum cão contente no primeiro dia que lhe colocamos a coleira e o obrigamos a adoptar uma postura de submissão. Com o passar do tempo e se a aprendizagem a que foi submetido é a correcta, voltará louco de alegria ao ver “o instrumento de tortura” nas nossas mãos.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">A Memória</span><br /><br />Quando falamos de aprendizagem não podemos descartar ou separar o factor memória como uma função do intelecto. Tradicionalmente os fisiólogos da conduta distinguem dois tipos de memória: de curto prazo e o de longo prazo. Realmente esta distinção baseia-se no tempo que leva o animal a esquecer um facto.<br /><br />Os processos necessários para que um animal possa recordar um facto passado são: a codificação, a consolidação e a recuperação.<br /><br />No primeiro processo a informação que se dá ao cão, passa a memória de curto prazo. A consolidação consiste na transferência dessa informação, desde a memória de curto à de longo prazo. A recuperação produz-se quando o animal necessita dessa informação para resolver um problema ou uma situação.<br /><br />O processo mais importante dos três, para utilizar no adestramento, é sem dúvida o da consolidação. Nele intervêm uma variedade de hormonas e neurotransmissores. A adrenalina tem um importante papel na consolidação dos processos de aprendizagem, de tal forma, que uma certa concentração plasmática de glucose, provocada por ela, é benéfica assim como um aumento importante pode provocar um efeito contrário.<br /><br />A consequência prática do exposto é que uma activação normal ou média do sistema nervoso facilita a aprendizagem assim como uma dose de stress o medo dificulta seriamente os processos de consolidação.Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-63378518715457599722011-10-24T18:53:00.002+01:002011-10-24T19:01:31.256+01:00O MUNDO ATRAVÉS DO OLFACTO - 3ª Parte<span style="font-weight:bold;">O Rastreio Desportivo</span><br /><br /><br />Neste artigo sobre Rastreio Desportivo, último de uma trilogia dedicada ao mundo dos cães visto através dos odores, vamo-nos debruçar essencialmente na disciplina de pistagem de RCI e no Steurthond-FH da FCI.<br /><br />Perante o Regulamento de uma prova de Steurthond-FH (veja caixa) ou da disciplina de pistagem de uma prova de RCI, ou qualquer outra similar de origem alemã, temos que adaptar o trabalho a certas peculiaridades normativas que se separam do tipo de rastreio analisado em artigos anteriores desta trilogia e que nos obrigam a uma análise e a uma abordagem diferente.<br /><br />O observador estranho a um desporto deste tipo, que presencie uma prova de rastreio, deve considerar muito simples o adestramento realizado ou a execução dos exercícios. Vê um cão que caminha à frente do seu guia, procurando vários objectos num terreno que poderá ser relativamente pequeno ou maior em função do grau em que se está a competir. Pode supor que é bastante simples e chegar a pensar que o “o meu cão” pode fazer a mesma coisa mas com mais alegria e rapidez. Nada mais longe da realidade!<br /><br />Estes regulamentos oferecem numerosas dificuldades, entre elas podemos destacar a obrigatoriedade de o cão só se poder orientar através do olfacto, com o nariz continuamente encostado ao solo, que não se afaste das pegadas deixadas pelo traçador, que se mantenha a dez metros do guia (sem possibilidade de voltar para este) e muitas outras dificuldades que o cão terá que suplantar.<br /><br />O sistema de aprendizagem utilizado para esta área do trabalho desportivo canino baseia-se nos mesmos princípios dos utilizados para o rastreio civil, quer dizer, no fomento dos instintos de caça e presa.<br /><br />Se possuímos um animal predisposto à satisfação de ambos os instintos, procuraremos um terreno nas melhores condições possíveis para este tipo de trabalhos. Queremos dizer que, no caso de estar lavrado, a terra deverá apresentar-se solta e algo húmida, sendo o frio e as primeiras horas da manhã os melhores companheiros do rastro. Se nos confrontamos com terreno de erva, de igual forma, o frio, a humidade e a madrugada nos irão ajudar nessa tarefa. <br /><br />Uma vez encontrado um bom terreno, o trabalho inicial prendesse com a habituação do cão em colocar o nariz no chão quando precisa de encontrar aquilo que pretende, assim, espetamos uma pequena bandeirola que nos irá indicar, a nós e ao cão, o início da pista. De seguida, pisamos durante algum tempo uma área de cerca de 1m2 onde colocamos concomitantemente vários pedaços do motivador escolhido (normalmente utilizam-se finas rodelas de salsicha). O guia fará com que, dando-lhe a cheirar um pequeno pedaço de salsicha e indicando-lhe onde estão os restantes, o cão coma todos os pedaços sem levantar a cabeça.<br /><br />Com este primeiro passo, que repetiremos dez vezes em dias e lugares distintos, começamos, igualmente, a introduzir a ordem correspondente, que pode ser, por exemplo, “busca”, associando-a ao início do percurso da pista e, como tal, à bandeirola e ao odor libertado pelo solo ao ser pisado.<br /><br />O passo seguinte consiste em colocar os motivadores nas pegadas conforme o traçador vai caminhando no traçado de pista. A evolução deste processo prende-se com o aumento do tamanho da pista e a consequente alternância da colocação dos pedaços de salsicha nas pegadas, que cada vez serão mais escassos. Portanto, a quantidade de motivadores é a mesma tanto no início da aprendizagem como quando o cão já for um expert, o que muda, é a frequência com que se coloca os pedaços de salsicha ao longo da pista. <br /><br />Para dificultar o trabalho do cão, este tem que encontrar alguns objectos que o traçador colocará assim como seguir um percurso com linhas rectas, ângulos rectos, mais fechados e mais abertos, linhas curvas e em zig-zag, vários tipos de terreno: erva, terra, caminhos traçados por animais, lombas, terrenos alagados, vales, pistas falsas, etc. <br /><br />Ao mesmo tempo, ensinamos que ao encontrar um objecto colocado pelo traçador, o cão deve assinalá-lo deitando-se, sentando-se ou trazendo-o, em função da maneira como o guia o treinou.<br /><br />No caso de necessitar um reforço do instinto de caça, podemos alterar a frequência com que disponibilizamos os motivadores no traçado da pista e devemos ter constantemente em atenção que há sempre pedaços de salsicha na pista para que o cão tenha um objectivo quando realiza este trabalho.<br /><br />Mas também no trabalho de rastreio há que respeitar as fases que recomendamos para a obediência, e que não é supérfluo voltar a recordar. A primeira: aprendizagem por motivação; a segunda: trabalho por obrigação e por último, trabalho por motivação conhecendo a obrigação. Quer dizer que, quando o cão sabe o que tem que fazer para levar um rastro até ao fim e com a finalidade de se auto-satisfazer, devemos passar à segunda fase aquela em que obrigaremos o animal a realizar o trabalho sem outra recompensa que não seja o nosso reconhecimento que é o facto de o libertarmos do exercício. Quando comprovamos que a execução é a correcta nesta fase e não observamos tentativas de evitação do trabalho, passamos a introduzir, de novo, os reforços sendo esta a última fase do adestramento.<br /><br />É conveniente recordar que devemos ser pacientes e constantes no trabalho para ter um bom cão de rastreio. Devemos controlar adequadamente todos os factores que incidem na pistagem, especialmente na fase de aprendizagem, já que necessitamos de cães bem motivados e treinados para entrar nas etapas seguintes com a garantia de êxito final.Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-38578970038621373022011-09-16T15:25:00.002+01:002011-09-16T15:34:23.137+01:00O MUNDO ATRAVÉS DO OLFACTO - 2ª Parte<span style="font-weight:bold;">TRABALHOS DE APLICAÇÃO CIVIL</span><br /><br /><span style="font-weight:bold;">Busca de pessoas desaparecidas</span><br /><br />Entre os trabalhos que têm sido seleccionados para mostrar a formação de cães especializados em buscas, o rastreio de pessoas desaparecidas, em fuga ou de qualquer outro tipo de seguimento e das suas pistas olfactivas, advém de um conceito integral de rastreio com cães.<br /><br />É imprescindível utilizar espécimes sãos e bem dotados de instintos de caça e lúdicos. Devem ser fisicamente activos e resistentes, bem socializados, com bom temperamento e com muita tendência a licitar condutas defensivas.<br /><br />A sensibilidade do guia e o conhecimento que deve ter do seu cão são factores determinantes do êxito final. Sempre consideraremos a equipa de busca e não o cão de busca já que as indicações que nos oferece cada animal só as poderá interpretar correctamente o seu guia uma vez que este será o único com condições para animar e confirmar o trabalho do seu cão. <br /><br />A aprendizagem começa quando o animal se encontra altamente motivado pelo jogo e pela perseguição de objectos mordentes que satisfazem os seus instintos. O trabalho consiste em localizar a pessoa com quem tenha estado a jogar com ele com a finalidade de conseguir a sua recompensa.<br /><br />No início, o ajudante coloca-se no ângulo de visão do cão, para posteriormente se esconder em locais fáceis e conhecidos. Progressivamente aumenta-se a distância que deverá efectuar o animal na busca, assim como os períodos de tempo transcorridos desde a altura em que se mostra a recompensa até à partida do cão na sua busca.<br /><br />É necessário dispor de vários ajudantes, de ambos os sexos e de idades distintas e mudá-los continuamente. Isto não pode apresentar dificuldade já que se trata de trabalhos simples, isentos de risco e muito gratificantes. A função destes ajudantes limita-se a incitar o cão a que jogue com o motivador, esconderem-se, manterem-se em silêncio e esperar que o animal os encontre, momento em que sairão a jogar alegremente entregando o objecto da busca. Por sua parte, o adestrador ou guia, deverá dar a ordem escolhida para a busca logo que lhe dá a cheirar um objecto impregnado pelo odor do figurante ou o conduz ao local donde saiu sinalizando o rasto deixado por este. <br /><br />O adestramento avançará quando, à ordem, seguindo as indicações do guia e sem a presença do ajudante – que permanecerá escondido – o cão siga a pista apresentada, que poderá ser, como dissemos, um objecto ou o indicativo do rasto deixado por ele.<br /><br />Por último, esconder-se-ão os vários ajudantes e o cão deverá localizar o indicado pelo seu guia, seja através de um objecto ou pelo rasto deixado à partida. A prática contínua será um factor de êxito decisivo.<br /><br />Igualmente, é importante ir complicando as situações progressivamente já que geralmente o trabalho se desenvolverá em condições difíceis e com numerosas pistas deixadas por outras pessoas que irão contaminar a que pretendemos seguir.<br /><br />Deve considerar-se que, em determinadas condições, os sabujos conseguem rastrear uma pista de seis dias de antiguidade e durante cento e sessenta quilómetros.<br /><br />Em trabalho de pessoas sepultadas pela neve ou por escombros, o cão não só trabalha pelo olfacto como deve intuir ou perceber a priori a possível ubiquidade da vítima. <br /><br />Ensinar-se-á a ordem de escavar sem que isso represente nenhuma dificuldade já que podemos fazê-lo enterrando um pouco de comida e, sempre que damos a ordem, nós mesmos começamos a escavar. <br /><br />Com este tipo de trabalhos, o cão começa a compreender que o objectivo da busca é salvar vidas humanas e acabará trabalhando com esta ânsia. Antes temos que analisar o trabalho que irá ser executado e motivar excepcionalmente o animal com a finalidade de o iniciar no salvamento.<br /><br />Aqui os ajudantes deverão estar protegidos contra o frio e os escombros. Ao princípio, facilita-se a tarefa escondendo-se de uma forma superficial, para aumentar progressivamente a dificuldade.<br /><br />Os animais devem ser escolhidos entre os adequados para suportar humidade a baixas temperaturas e, no caso de cão de catástrofe, recomenda-se que sejam de raças pequenas ou médias e supostamente, muito ágeis.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">O cão de narcóticos e explosivos</span><br /><br />Nalguns países das tarefas policiais as que são seleccionadas mais unidades caninas, devido ao tráfico de estupefacientes e à actividade terrorista, são as utilizadas na localização de substâncias e drogas proibidas assim como na detecção de artefactos explosivos utilizados por terroristas e mafiosos para o assassinato e a extorsão.<br /><br />Geralmente inicia-se o adestramento com as mesmas premissas para a busca de pessoas desaparecidas mas introduzindo no objecto ou brinquedo, que se utilizará como estímulo do instinto de caça, uma pequena porção da substância que nos interesse que o cão localize.<br /><br />Obviamente, a crença de que se droga os cães de narcóticos é uma falácia que só pode proceder da mais absoluta ignorância e que cai por terra com o seu próprio peso.<br /><br />Com a estimulação do instinto de caça e o desejo de apanhar o brinquedo para jogar com o seu guia, cria-se no cão o suficiente desequilíbrio homeostático com o objectivo de produzir neste a necessária ansiedade de encontrar o brinquedo, dando assim satisfação ao seu instinto.<br /><br />Devido à qualidade discriminativa do cão, pode-se trabalhar com distintas substâncias estupefacientes ou utilizadas para o fabrico de explosivos no mesmo módulo. Quer dizer, podem-se colocar distintas drogas no mordedor ou brinque-do porque, apesar de se apresentarem independentemente ou misturadas com outras substâncias neutras, aversivas ou de interesse alternativo, o cão as identificará com toda a segurança. <br /><br />É importante evitar o contacto do cão com as substâncias devido à toxicidade de algumas delas para o qual se examinará o mordedor comprovando a inexistência de exsudação ou dispersão das mesmas.<br /><br />A obediência que se deve exercitar com estes cães consistirá numa educação básica dando especial ênfase a uma posição de bloqueio. No cão de explosivos, insistir-se-á no sinal de detecção que deverá ser confusa devido à possibilidade da presença de terroristas no teatro de operações que poderão activar o mecanismo explosivo com a intenção de causar danos na unidade canina encarregue de comprovar a descoberta do engenho.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Rastreio de Cancros </span><br /><br />Nos Estados Unidos, principalmente, estão já em plena aplicação programas de rastreios de algumas neoplasias dos pulmões, da próstata e melanomas, utilizando a acuidade olfactiva dos cães. Este tipo de rastreio tem várias vantagens em relação aos exames tradicionais: não são invasivos nem dolorosos uma vez que não é necessária a colheita de tecidos para análise, não expõe os pacientes a contínuos choques anestésicos, são incomparavelmente mais económicos e igualmente muito fiáveis.<br /><br />Neste tipo de trabalho de adestramento o que vamos valorizar é a capacidade discriminativa do olfacto do cão. Sendo assim, vamos trabalhar com vários tipos de líquidos impregnados com vários odores. Normalmente esses líquidos odoríferos são apresentados ao cão em tubos de ensaio, sendo colocado num deles o produto que queremos que o animal marque e que o identifique como tendo um cheiro igual àquele que a neoplasia que estamos a analisar produz. Nessa altura, o cão é efusivamente recompensado com o seu brinquedo preferido. <br /><br />Apesar de ser um trabalho muito simples de ensinar ao cão, é de uma importância vital para a evolução do diagnóstico do Cancro e já está em fase experimental a utilização deste método noutro tipo de neoplasias.<br /> <br />No próximo mês vamos falar da aplicação do olfacto canino no rastreio desportivo.Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-13919654691304895482011-08-17T15:43:00.001+01:002011-08-17T15:46:18.079+01:00O MUNDO ATRAVÉS DO OLFACTOIniciamos este mês mais uma trilogia de artigos, neste caso, como os canídeos vêm o seu mundo através dos odores.
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<br />Uma correcta introdução ao adestramento da capacidade olfactiva do cão, para o desenvolvimento de trabalhos concretos, deve basear-se num perfeito conhecimento da fisiologia do olfacto canino. Como poderemos observar este sentido é a principal fonte de informação do cão. Dito de outra forma, os canídeos têm uma “visão olfactiva” do meio que os rodeia.
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<br />Se estabelecermos a comparação entre a capacidade olfactiva do cão e a do ser humano, sabe-se que a do primeiro pode ser entre dez mil e cem milhões de vezes superior dependendo da substância analisada. Assim como nós humanos dedicamos uma terça parte do nosso cérebro às funções da vista, o dos cães especializou-se no olfacto e tem aproximadamente vinte vezes mais neurónios olfactivos que o nosso. Os nossos instrumentos mais sensíveis são capazes de detectar uma bilionésima de grama de uma substância química mas, um sabujo, pode perceber à distância o que os referidos instrumentos não detectariam junto à mesma fonte de odor. Alguns factores orgânicos, como uma superfície olfactiva seis vezes superior à humana e a maior proporção de ar conduzido através da mucosa olfactiva, parecem ser decisivos nesta comparação.
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<br />Mas, não só deve ser considerada a magnifica sensibilidade olfactiva do cão como também devemos ter em conta, e assim o fará o adestrador com mais frequência do que por vezes se crê, uma das particularidades deste sentido canino que é a grande capacidade de descriminação. De facto, se tentarmos dissimular uma substância reforçante com outras similares ou distintas, a primeira será sempre detectada pelo cão distinguindo-a isoladamente das restantes.
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<br />Compreender o cão e a sua percepção do meio onde está inserido, deve passar sem dúvida por se considerar o olfacto como a referência sensitiva mais importante nos canídeos. Para a sobrevivência dentro de uma hierarquia e num território, nas condutas venatórias da alimentação, nas de cortejo e selecção sexual, criação e reprodução assim como na evitação da depredação, o sentido do olfacto evoluiu distinguindo-se como o mais importante receptor de informação disponível.
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<br />No adestramento, canalizam-se as qualidades olfactivas do cão para diversos fins e supõe uma ajuda extraordinária no caso de trabalhos civis de qualquer natureza. Neste momento ainda não foi possível fabricar algo que substitua o cão na detecção olfactiva, assim, a localização de humanos desaparecidos sepultados por neve ou escombros, de malfeitores ocultos, de detecção de drogas ou explosivos, de rastreio de vários tipos de neoplasias, etc., constituem algumas das utilidades em que o cão, assistido pelo seu olfacto, se converte em protagonista certo e indiscutível.
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<br />Os cães utilizados na caça são seleccionados, entre outras qualidades, devido à capacidade de utilizar o seu olfacto em benefício da tarefa cinegética.
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<br />Nos regulamentos desportivos para cães de raças denominadas de utilidade, guarda e defesa, os trabalhos consistem em identificar um objecto do guia, ou com odores humanos, entre outros similares, seguir um rasto previamente traçado por uma pessoa no campo, ou localizar um figurante emboscado. Estas são as tarefas mais significativas que se desenvolvem neste âmbito do adestramento.
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<br /> <span style="font-weight:bold;">Iniciação ao rastreio</span>
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<br />Recordando conceitos analisados em artigos anteriores vemos que, quando o canídeo necessita de se alimentar, quer dizer, quando o instinto o obriga a deixar fluir os actos necessários para conseguir alimento, entram em jogo uma série de condutas orientadas ao êxito final do seu empreendimento: comer para sobreviver.
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<br />Para satisfazer o instinto de se alimentar, o cão deve realizar uma série de condutas complexas:
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<br />Primeiro passo será fomentar esse instinto de caça com jogos de perseguição, disputa e transporte. Podemos utilizar diversos objectos que o cão possa morder atados com uma corda que permitam que o cão os dispute através da perseguição e aprisionamento. Se, além disso, reforçarmos o instinto de caça com um pouco de fome, observamos na generalidade, um aumento da motivação em toda a sequência.
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<br />Posteriormente, e quando tivermos o cão bastante motivado para conseguir obter os objectos estimulantes que satisfaçam o seu instinto de caça, podemos começar a dirigir o adestramento no sentido desejado. Analisamos seriamente o objectivo e nos ajustaremos à sua consecução com paciência, racionalidade e sempre sustentando a aprendizagem nos estímulos positivos.
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<br />Se nos depararmos com um cão desinteressado teremos que analisar qual a origem da falta de vontade e se esta tem a ver com um baixo nível instintivo do animal, devemos descartá-lo para tarefas civis e, no caso do trabalho desportivo, optar entre conseguir um objectivo com muitas limitações e evitar os desportos que incluam as buscas e os rastreios.
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<br />No próximo mês vamos falar da aplicação do olfacto canino nos trabalhos de índole civil.
<br />Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-15363858795635636692011-07-16T18:06:00.001+01:002011-07-16T18:07:52.572+01:00A INFLUÊNCIA DA "BELEZA" NAS RAÇAS DE TRABALHO E UTILIDADETerminamos este mês uma trilogia de artigos dedicados às raças de trabalho e utilidade com uma abordagem às consequências que a componente beleza têm nas referidas raças.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Beleza</span> = “Propriedade das pessoas que nos induz a amá-las provocando em nós deleite espiritual” ou “Conjunto de qualidades cuja manifestação de sensibilidade produz um deleite espiritual ou um sentimento de admiração”.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Moda</span> = “ Uso, modo ou costume que está em voga durante algum tempo ou num determinado país”<br /><br />São definições gerais do léxico, intrinsecamente unidas, e que, no que refere à moda, estão a afectar, em maior ou menor grau as raças de trabalho.<br /><br />Queremos deixar claro que fazemos referência ao criador de beleza como aquele que dá prioridade à estética na selecção e cão de beleza ao exemplar seleccionado através desta técnica já que se encontram especímenes em algumas raças que, seleccionados com os critérios ordenados por: saúde, carácter e estética, conseguem excelentes resultados em exposições de beleza.<br /><br />Efectivamente são muito poucos os exemplares de beleza que oferecem um rendimento óptimo como “cães” em toda a acepção da palavra.<br /><br />Desde logo, o ser humano encontra beleza noutro quando descobre qualidades que valoriza como boas e amáveis. Assim ocorre, racionalmente também, a respeito dos seres vivos. Mas, quando se admira um objecto ou coisa, estabelecer que se ama o dito objecto, não deixa de ter conotações subjectivistas. Deste modo, a maioria dos criadores que só seleccionam beleza, chegam a “adorar” a estética porque nunca estudaram a fundo o carácter do animal. Alguns juízes e responsáveis de Clubes caninos, devendo ser os garantes tanto de uma como de outra qualidade, chegam a valorizar somente determinadas linhas de beleza e os seleccionados nas exposições como sendo os mais “aptos”. Como consequência, raças tão imponentes como o Cão de Pastor Alemão tenha que ser diferenciada e compartimentada em Pastores Alemães de Trabalho e Pastores Alemães de Beleza. Para eles é endereçada a nossa humilde pergunta: Von Stephanitz criou uma raça, ou duas?<br /><br />Se desvirtuarmos e não valorizarmos as provas de trabalho de origem alemã, estamos irremediavelmente a acabar com o último filtro de carácter e temperamento e, então, só ficará desta nobre raça uma foto numa antiga revista da especialidade. <br /><br />Quantas vezes observamos grandes campeões de beleza que, mesmo à saída dos ringues, enfrentam possíveis situações que encaram como uma ameaça (como por exemplo, o esbracejar ou o bater do pé de algum espectador, que poderá estar junto ao ringue, com o intuito de testar em ambiente hostil um exemplar que até lhe pode interessar como reprodutor para uma fêmea sua) e, perante isso, rapidamente utilizam o mecanismo de fuga para resolver os seus problemas de medo?<br /><br />Esta é uma das muitas situações explicativas do que se pode fazer com uma excelente raça quando se trata de a equiparar a outra, com o mesmo nome, que foi obtida para luzir nos ringues de beleza. <br /><br />Analisemos o problema sob o ponto de vista etológico. As endogamias (criação intensiva em consanguinidade), principalmente as que estão ligadas a muitas raças, é possível que favoreçam uma elite de criadores que valorizam o factor crematístico (a área mercantilista de uma actividade) do mercado mas nunca uma espécie, mesmo que seja doméstica. A existência de alelos recessivos pode trazer como consequência, se cruzarem-se dois portadores, a fixação de um mau carácter cromossomático. Quem julga ou detecta essa tara? Podemos assegurar que essa tara não se tornará moda? Têm os criadores conhecimentos de genética para poder lidar conscientemente com estes problemas? Não tomaremos como doutrina o que realmente é uma mania de alguém não preparado mas com uma grande dose de poder fáctico?<br /><br />A resposta está na natureza que dota as fêmeas, de quase todos os mamíferos, de um mecanismo de protecção do seu bem mais precioso, o óvulo. Um macho pode equivocar-se porque sobra-lhe esperma, mas uma fêmea só produz alguns óvulos nos seus ciclos estrais e, sendo assim, ela procurará os melhores pais para os seus filhos. Seleccionará caracteres de dominância e perfeição física (Robertson, 1979) ou a capacidade de sobrevivência e obtenção de recursos (Verner & Wilson, 1966). <br /><br />Dado que a fêmea desta espécie não está em liberdade devemos ser nós que orientamos o seu Processo de Acasalamento tentando obter a maior variabilidade como elemento adaptativo e degrau evolutivo. A selecção do futuro semental deverá guiar-se pelos parâmetros, e por esta ordem: Saúde, Carácter e Estética, conceitos idênticos àqueles que em liberdade resumiríamos como Atitude.Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-24333719151324274072011-06-13T15:09:00.002+01:002011-06-13T15:13:08.984+01:00RAÇAS DE TRABALHO E UTILIDADEPublicamos este mês o segundo artigo de uma trilogia sobre cães de utilidade e trabalho. No número anterior debruçámo-nos sobre os aspectos da selecção de linhas de sangue de cães de trabalho e a sua importância na consecução dos objectivos, este mês iremos abordar mais em pormenor as raças que estão mais vocacionadas para executarem aquilo a que normalmente chamamos “trabalho”.<br /><br />Ainda que o ponto principal a considerar seja prioritariamente o indivíduo, uma vez estudado o conceito de linha de sangue, pudemos fazer uma incursão nas características que supostamente terão as diversas raças. A sua morfologia condiciona a componente trabalho e o adestrador deve observá-la desde a perspectiva da funcionalidade. Por exemplo: um Pastor Alemão será tanto mais bonito quando a sua morfologia se ajuste à função para que foi criado e não porque alguém considerou que uma garupa anti-natural, por exemplo, é a ideal em termos estéticos (iremos falar neste ponto no próximo artigo). <br /><br />Em todas as raças podem-se encontrar indivíduos aptos para um determinado trabalho. Assim, para tarefas de rastreio, detecção de narcóticos ou explosivos serão mais úteis os cães de caça do que outros. Neste artigo vamos analisar aquelas raças que se supõem globalmente mais capazes para a realização de múltiplas tarefas, quer dizer as raças “todo o terreno” que são utilizadas regularmente na Europa e na América tanto em utilidade como em desporto. Os aspectos morfológicos do standard não serão abordados uma vez que existe numerosa bibliografia a esse respeito e só serão tomadas em conta as qualidades encontradas em indivíduos seleccionados em linhas de sangue e trabalho.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">O Cão de Pastor Alemão</span><br /><br />O rei, sem dúvida, é o Pastor Alemão considerado em todo o mundo como o cão de trabalho por excelência. O seu marcado espírito gregário, instinto de guarda, capacidade de resolução, agilidade, resistência física e versatilidade converteram-no o cão de Von Stephanitz no modelo de cão de utilidade. Actualmente é seleccionado adequadamente nos Estados Unidos e em numerosas linhas de sangue europeias de trabalho. O Pastor Alemão Checo faz referência aos criados na Checoslováquia em tempos ligada politicamente à ex URSS. Ao serem seleccionados para trabalhos militares e policiais, o nível e qualidade dos ditos indivíduos, era semelhante aos criados nas melhores linhas de sangue alemãs com a vantagem de ser mais económica a sua aquisição para os restantes países europeus. Hoje em dia é normal fazer-se referência ao Pastor Alemão Checo quando se fala de Pastores Alemães de trabalho.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">O Boxer</span><br /><br />O Boxer é a segunda raça de trabalho na Alemanha e um vivo exemplo do que ocorre quando, geográfica ou culturalmente uma raça é orientada para o trabalho ou para companhia. Em Inglaterra ou nos Estados Unidos o Boxer é um cão de companhia em que só é tido em conta o seu aspecto dissuasório carecendo de capacidade de resolução e sendo relegado para uma condição meramente estética. Pelo contrário, na Europa Central e América do Sul está muito bem valorizado pela sua atitude e aptidões para o trabalho. Orientado pelo Deutscher Boxer Klub demonstra no desporto e, especialmente em tarefas de segurança civil, as suas numerosas capacidades. Especialmente indicado para conviver no seio de uma família, é um cão rápido, inflexível na defesa e protecção do grupo, com um forte instinto de presa, facilmente moldável e que necessita de escassos cuidados de manutenção.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">O Cão de Pastor Belga Malinois</span><br /><br />Uma variedade de Pastor Belga, o Malinois, representa actualmente uma sólida raça com uma excelente presente e um futuro imparável no âmbito desportivo. Na sua aparência não incide especialmente o efeito dissuasório e, portanto, o seu uso em tarefas civis se reduz todavia ao núcleo geográfico dos países francófonos onde sim é apreciado em toda a sua magnitude. Como a maioria dos pastores, é um cão territorial e gregário, com marcado instinto de caça e protecção. Geralmente são sensíveis ainda que de rápida recuperação e bastante rápidos. Estas qualidades beneficiam-no enormemente para o trabalho desportivo mas, nas tarefas civis, é limitado o seu uso aos exemplares mais corpulentos.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">O Dobermann</span><br /><br />O Dobermann, protagonista de lendas negras e objecto de numerosas incompreensões no passado, é actualmente uma raça em expansão. O facto de nas últimas duas décadas se terem feito assinaláveis progressos nas áreas do controlo do carácter e de algumas patologias que afectam a raça, principalmente a displasia coxo-femural, sempre sob vigilância apertada do clube Alemão da raça, o Dobermann Verein, proporcionou a que os princípios básicos de uma criação voltada para a funcionalidade tenham sido adquiridos pelos criadores de referência. Este trabalho já vem sendo feito há bastante mais tempo nos Estados Unidos que se empenharam verdadeiramente na selecção do carácter e é fácil encontrar linhas de sangue de trabalho bastante evoluídas e consolidadas. As suas características mais comuns são o seu enorme apego à família e especialmente ao seu dono, o seu aspecto dissuasório, rapidez, actividade interior e exterior, desconfiança para com estranhos e excelente capacidade de aprendizagem. Por tudo isso está muito bem qualificado para o desenvolvimento de múltiplas tarefas.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">O Rottweiler</span><br /><br />Não obstante o que há muito por fazer, desde o ponto de vista oficial, para o controlo do carácter, displasia e demais pontos em que se devem basear os parâmetros básicos da criação correcta e concentrada na funcionalidade da raça, ressalta nesta a capacidade de dissuasão na defesa e a força do seu instinto básico de protecção. Em desporto têm escasso êxito devido à corpulência que o criador selecciona nesta raça e a baixa capacidade de resolução derivada de uma reduzida actividade psíquica que demonstra este cão. Podem ser dominantes na hierarquia do grupo familiar e ainda com o seu dono. Esta agressividade por competência é mais relevante nos machos que ainda não tenham alcançado os quatro anos de vida já que, a partir dessa idade, o nível e testosterona começa um lento ciclo descendente tendo como consequência a diminuição do seu grau de dominância.<br /><br />Ainda que outras raças como o Airedale Terrier, Schnauzer, Bouvier de Flandres, Podengos, Cães de Água, Boieiros e um comprido etc., se destaquem numa determinada área como especialmente versáteis, a cultura do cão de trabalho integral centralizou-se especialmente nas raças mencionadas nos parágrafos anteriores.<br /><br />É necessário insistir na ordem crescente de importância dos factores a analisar<br />quando seleccionamos ou trabalhamos com cães:<br /><br /> 1º - O indivíduo.<br /> 2º - Linha de sangue.<br /> 3º - A raça.<br /><br />No próximo número iremos falar da influência da beleza nas raças de trabalho e de utilidade.Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8054066933918646765.post-1418233449145752452011-05-18T15:15:00.002+01:002011-05-18T15:27:22.343+01:00SELECÇÃO DE CÃES DE TRABALHOIniciamos este mês uma trilogia sobre cães de trabalho e utilidade.<br /><br />Devido ao facto de esta espécie ter potencialidades em grande medida ainda por explorar – pensa-se que cerca de 80% das capacidades dos cães ainda estão por aproveitar – esta é uma área que tem ocupado bastante os investigadores que, aliados aos criadores e adestradores, uma vez que é de uma área multi-factorial que estamos a falar, têm obtido assinaláveis progressos nos últimos vinte anos.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">O objectivo</span><br /><br />No processo selectivo do cão, em que se deve orientar o Adestrador profissional ou o desportista, a questão principal é o conhecimento pleno do objectivo e a sua consecução com a máxima eficácia.<br /><br />Nem sempre se poderá seleccionar o indivíduo objecto do adestramento já que, no caso do profissional, a maioria das vezes tenderá a adaptar o objectivo ao cão do cliente e o habitual nestes casos é a presença de limitações em exemplares que não foram escolhidos em função de uma utilidade determinada.<br /><br />No exemplo seguinte queremos realçar a qualidade principal que caracteriza cada raça tendo sempre presente que a selecção estará sempre marcada pelo factor indivíduo e não pelo etnológico. À relação, que expomos de seguida, de objectivos segue-se outra de cães para que o leitor possa estabelecer uma inter-relação lógica que clarifique o que é exposto.<br /><br /> <span style="font-weight:bold;">OBJECTIVOS</span><br /><br /> 1.- Patrulha policial em parques públicos.<br /> 2.- Patrulha policial em zonas de grupos em conflito.<br /> 3.- Detecção de drogas e explosivos.<br /> 4.- Segurança privada na recolha e entrega de valores.<br /> 5.- Segurança privada em unidades industriais.<br /> 6.- Protecção de pessoa idosa.<br /> 7.- Efeito dissuasor em bancos e lojas de valores (joalharias relojoarias,<br /> etc.).<br /> 8.- R.C.I.<br /> 9.- Condutor de invisuais.<br /> 10.- Assistência a pessoas com deficiência. <br /><br /> <br /> <span style="font-weight:bold;">CÃES</span><br /><br /> A.- Pastor Alemão de trabalho. Indivíduo resoluto e gregário. <br /> B.- Boxer. Psiquicamente estável e muito sociável com as crianças.<br /> C.- Pastor Belga Malinois. Rápido e sensitivo.<br /> D.- Dobermann. Baixa dominância em relação ao seu dono.<br /> E.- Rottweiler. Muito territorial.<br /> F.- Springer Spaniel. Activo e sociável.<br /> G.- Retriever do Labrador. Boa índole, dócil e resoluto.<br /><br />Ao ligar indivíduos com objectivos podemos cair na tentação de adaptar um mesmo exemplar a todos eles. Esta situação ocorre principalmente com o Pastor Alemão devido à sua fama de “4x4”, apesar de esta qualidade lhe ser reconhecida, não devemos esquecer que, por exemplo, o efeito dissuasório do Rottweiler é superior ao dos restantes e o contacto com crianças, no objectivo 1, faz com que o Boxer seja o animal indicado. No objectivo 6 o Dobermann pode ser o indicado já que necessita de pouca manutenção, assim como os objectivos 9 e 10 podem ser alcançados com um indivíduo de escassa agressividade, dócil e resoluto como é o caso do Retriever do Labrador.<br /><br />Os exemplos anteriores levam-nos ao estabelecimento de três premissas:<br /><br /> 1ª.- É imprescindível conhecer perfeitamente o objectivo.<br /> 2º.- Devemos analisar cuidadosamente o indivíduo quer física quer psiquicamente.<br /> 3º.- Vários indivíduos podem ser adaptados a um objectivo mas, o êxito na sua consecução, dependerá da selecção do cão ideal.<br /><br />Outra forma de traçar a relação cão/objectivo pode ser expressada através da pergunta: O que é mais importante, o indivíduo ou o próprio objectivo? Dito de outra forma: Pretende-se que determinado cão alcance um objectivo específico? Ou: A consecução deste não é prioritária? Se se escolhe a primeira opção, as limitações do objectivo estarão ligadas às do cão. Na segunda, uma vez encontrado o animal ideal o propósito será alcançado plenamente se o método e os instrumentos forem os correctos.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Criação e selecção de cachorros</span><br /><br />Um dos recursos do adestrador para conseguir obter exemplares de trabalho consiste em recorrer à sua própria criação. Tentará conseguir certas linhas genéticas dentro de uma determinada raça, que apresentem uma importante homogeneidade nos caracteres herdados que definem a atitude dos indivíduos que daí resultem.<br /><br />O factor principal na criação, selecção do cachorro e do adulto, é a saúde. É o suporte que mediatiza o desenvolvimento dos seus instintos, capacidades psíquicas, aprendizagem e utilização.<br /><br />Os reprodutores devem ser cães sãos e livres de problemas congénitos no seu genótipo. Os derivados do sistemas locomotor e ósseo podem ser os mais frequentes em raças de médio e grande porte. A epilepsia e outras patologias endógenas são, em grande parte hereditárias e devem ser afastados da criação aqueles exemplares que procedam de algumas linhas com este tipo de incidência. As fêmeas devem ser boas parturientes e zelosas na disponibilização dos cuidados parentais. Uma cadela equilibrada e segura transmitirá importantes qualidades aos cachorros que cuida mesmo que seja somente ama-de-leite. Os criadores de cães de trabalho sabem o importante que é o papel da fêmea no desenvolvimento dos padrões ontogénicos condutais do cachorro, para que ninhadas medíocres podem ser substancialmente melhoradas mudando-lhes a mãe, precisamente depois do parto, por uma adoptiva de qualidade superior.<br /><br />Além disso, o criador tem a responsabilidade de manipular adequadamente os cachorros por duas razões principais. A primeira é que, com o devido conhecimento, melhorará neles certos factores de personalidade e a segunda é que irá progressivamente conhecendo, com detalhe, os traços mais importantes dos seus caracteres facilitando enormemente a sua posterior selecção.<br /><br />No caso de se optar pela aquisição de um cachorro, deve-se assegurar que o criador observa as prevenções mencionadas confiando-se na sua profissionalidade, conhecimentos e rigor. Se não conhecer adequadamente as suas linhas de criação, deve estudar a genealogia dos cachorros recompilando toda a informação possível. Observar e estar permanentemente em contacto com a ninhada facilitará a eleição adequada mas não devemos esquecer que é o criador que deve orientar o comprador sobre o desenvolvimento das qualidades que conformam o carácter das suas linhas de criação.<br /><br />É recomendável optar por pequenos criadores que por sua vez, sejam profissionais de adestramento ou praticantes de desporto canino já que, por um lado, estes têm mais possibilidades de prestar os cuidados e manipulações aos cachorros, que um criador que conta com várias ninhadas em simultâneo e, por outro o facto de trabalhar com este tipo de cães possibilita-o conhecer e valorizar as virtudes que deve ter um cachorro segundo o objectivo a que se destina.<br /><br />Para a selecção do cachorro podem-se utilizar testes mais ou menos fiáveis, como é o caso do de Campbell ainda que, o criador profissional, conhecedor dos seus cães, deve dar a sua valiosa informação sobre cada animal.<br /><br />Tendo em conta as análises ao cão realizadas em artigos anteriores, sugerimos alguns testes que nos podem auxiliar a conhecer melhor o cachorro que vamos escolher.<br /><br /><span style="font-style:italic;">Sensibilidade à voz.</span><br /> Chamada com o cão distraído.<br /><br /><span style="font-style:italic;">Dureza física.</span><br /> Apertando com os dedos polegar e médio o espaço interdigital da mão do cão com o objectivo de analisarmos o seu nível de resistência à dor.<br /><br /><span style="font-style:italic;">Recuperação do stress.</span><br /> Introdução de um cachorro numa caixa, voltamo-la e observamos a sua reacção ao tirá-lo<br /><br /><span style="font-style:italic;">Territorialidade.</span><br /> Observamos a reacção do animal perante a intrusão de um estranho.<br /><br /><span style="font-style:italic;">Instinto de caça.</span><br /> Seguimento de objectos em movimento.<br /> <br /><span style="font-style:italic;">Defesa.</span><br /> Observamos o cachorro em luta com os irmãos.<br /><br />Além disso e como já abordámos em artigos anteriores, devemos estudar detalhadamente o seu temperamento, sensibilidade física, capacidade de recuperação, capacidade resolução de problemas e conflitos, intrepidez, tenacidade, liderança e capacidade sensorial.<br /><br />É imprescindível que no cachorro se preveja um animal são, bem estruturado para o trabalho, cheio de instintos, resoluto, relativamente duro e com boa capacidade de recuperação e aprendizagem. <br /><br /><span style="font-weight:bold;">Selecção de cães adultos</span><br /><br />Entre as possibilidades com que conta o adestrador para atingir um objectivo, está a de obter um cão jovem ou adulto, com trabalho ou sem ele. Uma vez comprovado o seu estado de saúde, através de check-up veterinário, e sendo interessante a sua genealogia, analisar-se-á o exemplar da mesma forma que expusemos anteriormente, tendo sempre em conta que a evolução imediata do trabalho estará sempre condicionada pelas suas experiências anteriores.<br /><br />Certos comportamentos serão estudados com mais realismo e determinação do que em cachorro já que a maturação actua sobre os padrões ontogénicos do comportamento. Mesmo assim, as anomalias que se detectam devem ser analisadas no contexto das experiências passadas.<br /><br />Devemos igualmente interrogar-nos do “por quê?” da venda e ter em conta que pequenas limitações podem tornar inútil um exemplar para a consecução de determinados objectivos mas, apesar disso, ser útil para outros.<br /><br />Outro factor aliado à idade é o preço. Um cão adulto já não é uma promessa mas uma realidade e esse facto tem que o seu custo. Se além disso já está adestrado ou iniciado numa determinada tarefa, encarece ainda mais o preço. A opção por este tipo de aquisição deve ser ponderada, tendo em conta todos os factores possíveis mas, principalmente e considerando o objectivo: Adaptação do cão a esse mesmo objectivo.<br /><br /><span style="font-weight:bold;">Análise do cão estranho</span><br /><br />Sempre que o adestrador tem como missão formar um cão desconhecido, deve analisar as suas aptidões para decidir as possibilidades que oferece.<br /><br />Para enquadrar o animal num correcto contexto de factores ambientais, depois se serem descartados possíveis problemas ou anomalias psicofísicas, deve-se estabelecer um protocolo pessoal em que sejam especificadas perguntadas que devem ser feitas ao proprietário, tais como: onde vive o cão (casa ou canil), relação com a família, tempo que lhe é dedicado, enfermidades, comportamentos anómalos, relação com outros cães, com desconhecidos, amigos e qualquer outra questão que o adestrador considere oportuna para a realização do seu trabalho.<br /><br />No artigo do próximo mês iremos falar em pormenor das raças de utilidade e trabalho.Sílvio Pereirahttp://www.blogger.com/profile/08378737472975715157noreply@blogger.com0